Brasileiro diz que SEAT “tem carta na manga†para treinos classificatórios.
Apenas 57 centésimos separaram o italiano Gabriele Tarquini do brasileiro Augusto Farfus nos treinos livres que abriram oficialmente a programação da rodada dupla de abertura do WTCC – Campeonato Mundial de Carros de Turismo nesta sexta-feira em Curitiba. Eles foram os mais rápidos da sessão única de 30 minutos, mas Farfus desconfia que a vantagem dos SEAT León TDI sobre a BMW 320si possa ser bem maior do que o revelado pela cronometragem no Autódromo Internacional de Curitiba – Pinhais.
“A SEAT tem uma carta na manga. Eles nunca usam a pressão total do turbo nos ensaios da sexta-feiraâ€, analisou Farfus, preocupado com a possibilidade de que a casa espanhola possa estar começando a reeditar o domÁnio da última temporada, quando o francês Yvan Muller quebrou a supremacia da BMW. Mas, agarrando-se também a uma antiga crença do automobilismo, deixou no ar a chance de brigar pela ampliação de seu recorde na categoria para sete poles nas tomadas classificatórias deste sábado. “Só mesmo amanhã é que teremos uma idéia mais clara das condições de cada marca.â€
Farfus chegou a liderar os treinos até próximo da bandeira quadriculada, quando acabou ultrapassado por Tarquini, vencedor da prova de fechamento do programa no ano passado na capital paranaense. Nascido e revelado para o automobilismo na capital paranaense, Farfus não descarta sequer uma surpresa proporcionada pelos Chevrolet Cruze, mas admite que a primeira amostra do modelo não foi exatamente animadora. Nicola Larini, em 9º e com desvantagem de oito décimos em relação a Tarquini, foi o melhor dos três pilotos do Cruze.
“É um carro que ainda precisa ser melhor desenvolvido, mas que tem uma aerodinâmica complicada pela área frontal muito grande. E o regulamento do WTCC é bastante duro para os carros estreantes, por causa de suas limitaçõesâ€, analisou. Segundo Farfus, o desempenho dos Cruze apenas repetiu a fase da pré-temporada. “Não acho que eles estejam escondendo o leite…â€
Farfus admitiu que o seu motor perdeu rendimento com a adaptação ao novo biocombustÁvel com 10% de etanol, a alta temperatura ambiente que passou dos 30 graus e a altitude de quase mil metros da região. “Tudo isso causou alguns problemas com a carburação, e a refrigeração também não funcionou a contentoâ€. Na estimativa do piloto, a temperatura no interior do carro bateu nos 65 graus. Calor igual ele só quer ver mesmo no domingo. “Vamos melhor que os SEAT em corridas com tempo quente, mas no qualifying a vantagem é deles.â€
Tarquini, no entanto, não embarcou na onda do rival. “A equipe fez um grande trabalho, porque estas foram as primeiras voltas desde que os carros foram embarcados da Europa. É ótimo começar na frente, mas o calor será uma grande preocupação durante todo o fim de semana, tanto que estamos dois segundos mais lentos que no ano passadoâ€, lembrou.
Os carros voltarão Á pista a partir das 9 horas deste sábado para a primeira sessão de treinos livres de meia hora. A segunda está marcada para o perÁodo das 12h Á s 12h30, enquanto o qualifying, agora com o formato da Fórmula 1, começará Á s 16 horas. Ingressos ainda podem ser trocados por dois quilos de gêneros alimentÁcios não-perecÁveis espalhados por 14 postos da cidade e na barraca montada na frente do autódromo. Crianças até seis anos, acompanhadas de pais ou responsáveis, têm livre acesso.
A LADA ficou apenas com o 17º tempo com o modelo 110 do holandês Jaap van Lagen.
Os 10 melhores desta sexta-feira em Curitiba foram:
1 – Gabriele Tarquini (Itália), SEAT León TDI, 1min25s497
2 – Augusto Farfus (Brasil), BMW 320si, a 0s057
3 – JÁ¶rg Müller (Alemanha), BMW 320si, a 0s058
4 – Andy Priaulx (Inglaterra), BMW 320si, a 0s240
5 – Yvan Muller (França), SEAT León TDI, a 0s386
6 – Rickarrd Rydell (Suécia), SEAT León TDI, a 0s389
7 – Tiago Monteiro (Portugal), SEAT León TDI, a 0s558
8 – Jordi Gene (Espanha), SEAT León TDI, a 0s633
9 – Nicola Larini (Itália), Chevrolet Cruze, a 0s804
10 – Alain Menu (SuÁça), Chevrolet Cruze, a 0s905