Uma minuciosa verificação no carro utilizado nas quatro primeiras corridas de 2007 vai determinar se Guto Negrão (Vivanz 307 Racing) será obrigado a trocar de chassi para a próxima etapa da Stock Car, marcada para 29 de julho em Londrina.
Oitavo colocado no ano passado, mas ainda sem pontuar na presente temporada, Negrão fixou a prova no norte paranaense como prazo final em relação Á s chances de entrar novamente nos playoffs. “Se não largar entre os 15 e terminar bem mais Á frente, minhas possibilidades diminuirãoâ€, admitiu.
Sob a carenagem do Peugeot 307, o atual chassi é o mesmo que sobreviveu a uma forte batida de Giuliano Losacco nos treinos da etapa de Buenos Aires em 2006. Os danos foram de tal ordem que o carro precisou ser removido do Autódromo Irmãos Galvez e passar a madrugada em reparos nas oficinas do engenheiro Edgardo Fernandez, projetista do modelo que a Stock Car vem usando desde 2000. “Depois desse acidente, o carro não andou mais bem. Aparentemente, a troca dos pneus importados pelos nacionais pode ter mascarado alguns problemas, inclusive de torção. É o que pretendemos constatar nessa revisãoâ€, lembrou.
No último fim de semana, em Interlagos, a troca da barra estabilizadora, diferencial e câmbio não produziu os efeitos esperados. Negrão largou em 37º e, com esforço, habilidade e experiência, levou o carro ao 16º lugar na bandeirada. Mas o rendimento continuou abaixo do nÁvel de competitividade exigido por uma categoria equilibrada como a Stock Car. “Minha volta mais rápida foi dois segundos mais lenta que a do Thiago Camilo, o mais rápido da corrida. Essa não é a realidade, porque o ritmo diminui quando você está preso por um monte de carros Á sua frente. Mas, quando os carros se espalharam pela pista depois da metade da corrida, ainda assim eu era pouco mais de um segundo mais lento que os mais velozes. Ainda é muitoâ€, comparou.
Negrão acredita que a substituição do chassi será o resultado mais provável. “Temos outro, já pré-montado, que estava de reserva na equipe em Petrópolis para ser usado em caso de necessidade. Como o espaço até Á próxima prova é de 40 dias, dará tempo para a troca sem grande atropelo. Em Londrina, saberemos, então, se continuarei no jogo ou não. Precisarei não somente de um carro novo, mas de um carro supercompetitivoâ€, explicou Negrão, que pretende acompanhar os trabalhos pessoalmente e usar o perÁodo dos Jogos Pan-Americanos para manter a forma em alguma série de turismo no Brasil.
Além de Negrão, a Vivanz 307 Racing também corre atrás da recuperação. Depois de quatro etapas em branco, ela precisa reagir para entrar no grupo das 16 – mais a campeã da Stock Car Light – que se classificarão para o campeonato de 2008. A situação, no entanto, ainda está longe de ser dramática. A 16ª colocada entre as equipes – Carlos Alves Competições – soma apenas quatro pontos.