Stock: Giuliano Losacco aprova pneus para 2007

As equipes Medley e Amadeu Rodrigues testaram nesta segunda-feira, no circuito de Jacarepaguá, os pneus Pirelli nacionais que substituirão os D4 produzidos pela empresa na Itália a partir de 2007.


O bicampeão Giuliano Losacco, um dos cinco pilotos ainda na briga pelo tÁ­tulo da temporada, e Popó Bueno treinaram no mesmo traçado utilizado pela Stock Car no fim de semana. O melhor tempo foi registrado por Popó em 1min21s40, com a temperatura da pista alcançando 48 graus. Sábado, Ricardo MaurÁ­cio cravou a pole com a marca de 1min18s94.

Losacco ficou animado com os resultados dos testes. “Andei com dois tipos de pneus. O P Zero, que vem sendo usado pela Stock Light, não me agradou. O carro fica muito nervoso, difÁ­cil de dirigir. Mas os pneus com novo composto me deixaram satisfeito. Fizemos uma simulação de corrida, com aquele calorão todo tÁ­pico do Rio de Janeiro, e desgaste foi muito pequeno. Gostei mesmo”, elogiou o atual terceiro colocado no campeonato.

Andreas Mattheis, diretor-técnico da Medley, não escondeu a surpresa com os números. “Minha expectativa era de que os tempos de volta subiriam em até 3,5 segundos. Mas o modelo que pode ser considerado uma evolução do P Zero se mostrou bastante regular. Se em matéria de performance ainda estão atrás dos importados, na questão da segurança a diferença já é bem menor. O Giuliano elogiou bastante a constância desses pneus. Afinal, a Stock Car V8 tem cerca de 100 cavalos a mais e esse aumento de potência é significativo”, comentou Mattheis.

Escolhidas por sorteio, cada equipe recebeu quatro jogos de pneus – dois P Zero e dois da nova versão. Losacco completou cerca de 90 voltas. Na simulação de prova, com a mesma duração original das 35 de domingo, fez as mais rápidas na casa de 1min22s, andou a maior parte do ensaio em torno de 1min23s e, já no final, caiu mais um segundo em relação ao inÁ­cio dos trabalhos. O teste, na opinião de Mattheis, aponta para um caminho promissor.

“Em relação Á  contenção de despesas, é um fator importante, já que os pneus nacionais custam 30% a menos. E a perda técnica inicial pode ser compensada se a organização da Stock Car permitir que as equipes desenvolvam os carros para estes pneus. Muito do rendimento da categoria vinha da maior velocidade dos D4. Com estes fabricados no PaÁ­s, temos de mexer mais nas suspensões. Mas estamos apenas começando a entender como estes pneus funcionam. A tendência é que o hiato que existe hoje diminua bastante”, concluiu.