A sétima etapa da Stock Car iniciou o primeiro dia de treinos hoje, em Santa Cruz do Sul, com tempo bom e temperatura amena, em torno de 20 graus. Mas, para a disputa da classificação, amanhã, e da corrida, no domingo, a previsão é de 4 graus Celsius, temperatura atÁpica para uma prova no Brasil.
Na era moderna da Stock, iniciada em 2000 com a implantação do novo pacote técnico, apenas uma única vez a categoria enfrentou clima semelhante, em Guaporé, também no Rio Grande do Sul, em 2002.
Se confirmada a mudança brusca de temperatura de hoje para amanhã, as equipes terão trabalho redobrado, já que alguns acertos do carro podem não ter o mesmo rendimento em condições tão diferentes. “Nos preocupamos em fazer acertos básicos, sem focar em virar voltas rápidas e posso dizer que estou confiante em uma boa prova no domingoâ€, comenta Luciano Burti (Petrobras-Cimed-Pakalolo-Brasil Telecom).
O ex-piloto da F-1 começou o dia com o oitavo tempo no treino extra, mostrando que a equipe e o piloto tinham um set up inicial eficiente para a pista gaúcha, onde a Stock Car faz apenas sua segunda prova na história.
No treino seguinte, o piloto da Petrobras-Action Power sofreu um acidente que danificou a frente do carro, impedindo-o de prosseguir naquela sessão. O time recuperou os danos e conseguiu disputar o treino final, e o paulista terminou como o 15º mais rápido. “Ainda estamos analisando as causas do acidente, mas o que importa é que, mesmo perdendo tempo na segunda sessão, conseguimos testar vários componentes diferentes para usarmos nesta etapaâ€, diz Burti.
Por outro lado, seu companheiro de equipe, Thiago Marques (Petrobras-Cimed-Prevyne-Alpina), não teve um dia produtivo hoje em Santa Cruz do Sul. O paranaense foi um dos destaques no primeiro treino, com o sétimo melhor tempo, mas depois nas duas sessões seguintes perdeu bastante rendimento.
“Mudamos tudo no carro e não surtia efeito. De uma hora para outra, perdemos terreno para os concorrentesâ€, lembra Marques. No final da última sessão, a equipe encontrou um problema sério no diferencial do carro. “Foi um alÁvio saber que encontramos a falha, mas ao mesmo tempo perdemos tempo valioso para refinar o acerto do carro nos treinos livres. Agora é torcer para que o set up inicial que usamos na sessão extra nos deixe competitivo na classificaçãoâ€, espera.
Paulo de Tarso, diretor-técnico da Petrobras-Action Power, acredita que é possÁvel reverter esta ligeira desvantagem amanhã. “De fato, perder muito tempo de pista é ruim aqui em Santa Cruz, porque a cada treino todos os adversários encontram uns dois ou três décimos, enquanto no caso do Thiago não foi possÁvel fazer esta evolução. Ao mesmo tempo, tanto no carro dele quanto no do Luciano nos concentramos em voltas com pneus usados, então estamos otimistas para a corridaâ€, afirma.