Em um ano, a fabricante de medicamentos genéricos Cimed saiu de maior incentivadora do esporte brasileiro para apenas mais uma empresa que foca os investimentos naquilo que dá grande visibilidade na mÁdia.
Na quarta-feira (16), a empresa de genéricos anunciou uma freada brusca naquele que era seu maior investimento em esporte: o Cimed Racing, projeto que levava patrocÁnio a uma equipe de pilotos de automobilismo em diferentes categorias. No lugar do projeto de formação de atletas para o mercado, a empresa vai concentrar os esforços em apenas um piloto: Felipe Fraga, que passará a buscar a carreira internacional disputando o Mundial de Endurance (WEC), o Intercontinental GT Challenge e mais uma competição de carros de turismo ainda indefinida.
“Esse é um novo passo muito importante da Cimed: conquistamos os principais tÁtulos no Brasil e agora queremos conquistar o mesmo sucesso nas pistas internacionais. Para isso, vamos apoiar nossos pilotos nos desafios no exterior, assim como fazemos com a Seleção Brasileira no futebol. Esporte é saúde e sempre acreditamos na força do automobilismo para valorizar nossa marca e temos orgulho de ver Felipe Fraga, que se consagrou com a Cimed Racing como o mais jovem campeão da história da Stock Car, a buscar novos tÁtulos representando o Brasil nos principais circuitos do mundo”, disse João Adibe, presidente do Grupo Cimed.
No inÁcio de 2019, o mesmo Adibe havia anunciado com pompa que sua empresa era a maior incentivadora do automobilismo brasileiro com o Cimed Racing e, ainda, que era uma das maiores patrocinadoras do esporte no paÁs com acordos com as confederações de vÁ´lei, basquete e futebol. Em meio ano, a empresa desistiu de patrocinar a CBV e a CBB, focando apenas no futebol. O esporte a motor, porém, manteve-se intacto dentro da estratégia de investimentos da Cimed.
A mudança de comportamento da empresa faz parte de uma estratégia para, em até dois anos, a Cimed abrir seu capital. Não por acaso, desde o segundo semestre de 2019 que uma consultoria trabalha para melhorar a governança corporativa da empresa, que chegou próxima de R$ 2 bilhões de faturamento no último ano.
O primeiro reflexo desse novo momento da Cimed no esporte causou o enxugamento do projeto de patrocÁnio, que sempre foi um dos focos de marketing da empresa desde seu crescimento, há cerca de 15 anos. Agora, para 2020, a Cimed seguirá apenas em projetos de projeção internacional (e midiático) no esporte.
Fonte: Máquina do Esporte