Piloto da Petrobras-Action Power fez as voltas de exibição com o carro Williams em Buenos Aires e diz que carro da F-1 tem estabilidade e aderência bem superior ao que pilotou há um ano, apesar do motor menos potente.
O piloto Luciano Burti (Petrobras-Cimed-Pakalolo-Brasil Telecom) foi uma das principais atrações do final de semana em Buenos Aires ao conduzir o F-1 da equipe Williams na Argentina, onde a categoria não corre desde 1998.
O público aplaudiu de pé as dez voltas que o brasileiro fez conduziu no primeiro teste -hoje Á tarde também está prevista mais uma exibição. Não foi apenas o público argentino que se encantou com a experiência. Para Burti, o teste fez com que o piloto se impressionasse ainda mais com a evolução da categoria, especialmente em duas áreas: pressão aerodinâmica e pneus.
O brasileiro, que andou pela primeira vez com um F-1 em 1998 e esteve na categoria até 2004, como piloto de testes da Ferrari, guiou um Williams no ano passado no GP Brasil. Neste final de semana, portanto, teve a primeira experiência com o motor V8, adotado pela categoria a partir deste ano.
â€œÉ uma sensação incrÁvel. Guiar um F-1 é uma experiência única, mesmo para quem já andou antes. Cada teste é emocionante. É algo que se pudesse, faria todo mêsâ€, diz Burti.
Mesmo completando apenas dez voltas com pista seca ontem, o piloto da Petrobras-Action Power pÁ´de acelerar o F-1 próximo do limite. “Claro que guiei com uma reserva, talvez 90% próximo do limite, mas já é suficiente para comparar o carro atual da categoria com o de um ou dois anos atrásâ€, diz o piloto da Petrobras-Action Power.
Na comparação com o modelo de 2005, um dos pontos que mais chamou a atenção pela grande diferença foi o motor, que a partir deste ano deixou de ser V10, passando para V8. “Não imaginei que a perda de potência fosse tão significativaâ€, comentou.
Esta mudança também ajudou a aumentar a sensação de evolução dos carros da F-1. “Fiquei impressionado, especialmente com a eficiência da pressão aerodinâmica. O carro tem mais estabilidade, mais aderência e por isso continua tão veloz mesmo com um motor menos potente. Esta mudança aconteceu em apenas um ano, o que mostra a capacidade da F-1 em se adaptar rapidamente a qualquer regulamentoâ€, afirma Burti.
Os pneus também evoluÁram muito, segundo o piloto. “Na época dos meus testes na Ferrari, inclusive em 2004, era preciso esperar algumas voltas para o pneu poder atingir a temperatura ideal e daÁ sim andar no limite. Hoje, já dá para acelerar para valer saindo dos boxesâ€, afirma Burti.
A alegria do público, que também vibrou com o argentino José-Maria Lopez conduzindo algumas voltas o Williams, deixou o brasileiro emocionado. â€œÉ bonito ver um povo tão fanático como o argentino. Fiz uma volta de desaceleração a mais só para agradecer o apoio dos fãs. Fiquei muito orgulhoso em proporcionar este tipo de contato de um F-1 com este públicoâ€, completa.