Amizade une Eduardo Leite e Beto Cavaleiro, que pretendem extrair o máximo de conhecimento um do outro para crescerem juntos no automobilismo
Na Sprint Race, mais novo campeonato de turismo do automobilismo brasileiro, a possibilidade de competir em duplas abriu as portas para diversas possibilidades. Como unir experiências diferentes, gerando aprendizado mútuo. No caso da dupla formada por Eduardo Leite, 23 anos, e Beto Cavaleiro, 40 anos, a escrita de que a sapiência está na idade é quebrada no meio.
“Entro com a experiência de vida e com a calma, ele entra com a experiência de pista. Treinamos todas as terças-feiras de kart para afinar nossa sintonia. Na Sprint, ele vai apenas acelerar e eu vou fazer as contas”, brinca Cavaleiro, que viu uma amizade de longa data se transformar em parceria dentro da pista.
“Nós temos uma grande amizade e sempre estamos fazendo as coisas juntos na Hot Car na Copa Montana. Estamos evoluindo bastante nossa parceria e estou sempre olhando o que ele faz. Temos uma sintonia legal”, afirma o piloto, enquanto Leite, um dos nomes da Stock Car em 2012, revela que a amizade já rendeu frutos até fora das pistas.
“A gente tem um patrocinador em comum, que é a Hanier. Além disso, somos amigos e sócios em uma empresa, o que reforçou ainda mais nossa parceria. Já fizemos alguns treinos de kart e duas 500 Milhas, mas, dentro de um autódromo, será a primeira vez que dividiremos um carro”, diz Leite, que tem um currÁculo vitorioso no kart, na Fórmula 3 e na Copa Montana.
E é em cima desta bagagem de Leite que Cavaleiro busca evoluir. “Eu ainda tenho muito o que aprender e precisamos trabalhar em dupla também fora do carro. Como uma dupla, temos que valorizar o que é bom, e sou mais dependente dele do que ele de mim.”
“Eu contribuo com a paciência de aprender e por ser mais calculista. Ele é um piloto mesmo, e, juntos, precisamos decidir o momento certo para cada um entrar na pista, qual corrida é boa para cada um, para sempre extrairmos o máximo de nós dois”, destaca.
Além disso, os dois sabem que a Sprint Race será essencial para suas carreiras em categorias prioritárias, como a Stock Car, para Leite, e a Copa Montana, caso de Cavaleiro. “A Sprint Race me ajudará bastante pois sempre estarei em atividade. Como a Stock Car não tem treinos, é um jeito de estar sempre em contato com o carro e a pista. Como o Sprint Race é um carro de tração traseira, isso também ajuda muito”, analisa Leite.
“São dois carros parecidos, com câmbio sequencial, powershift, tração traseira, carros tubulares. Meu objetivo principal é a Stock Car e pretendo usar a Sprint Race como um bom aprendizado”, completa Cavaleiro. O primeiro capÁtulo da parceria entre os dois pilotos está marcada para o dia 8 de abril, em Interlagos, quando acontece a primeira etapa da temporada inaugural da Sprint Race.