Quarto lugar garantiu o primeiro tÁtulo na Porsche Cup. Ricardo Baptista e Tom Valle foram os vencedores das provas finais da temporada
Em cinco anos, dois vice-campeonatos e os recordes de vitórias, pole positions e melhores voltas. Faltava apenas o tÁtulo, mas a hora de comemorar chegou. Constantino Júnior, o “rei das estatÁsticas†da Porsche Cup, conquistou finalmente sua primeira coroa de campeão na categoria. Um quarto lugar definiu o campeonato por antecipação, com as vitórias ficando para Ricardo Baptista e Tom Valle no autódromo de Interlagos, em São Paulo, neste sábado.
A chuva levou a direção de prova a adotar a largada com safety car e em fila indiana nas duas provas, por medida de segurança. Com isso, as posições de largada foram mantidas nas primeiras voltas. Quando a bandeira verde foi mostrada, Marcelo Franco assumiu o terceiro lugar, atrás do lÁder (e pole position) Ricardo Baptista e de Roberto Posses. Atrás deles, aconteciam muitas disputas, principalmente entre Tom Valle e Constantino Júnior pelo quinto lugar e, depois, entre Clemente Lunardi e Constantino pelo quarto. Constantino assumiu a posição e passou a se aproximar de Franco, recebendo a bandeirada apenas 1 décimo de segundo atrás. O resultado da prova, entretanto, já assegurava o tÁtulo por antecipação.
Como de hábito, o grid da segunda prova do dia foi formado de acordo com o resultado da primeira, invertendo-se os oito primeiros colocados. Com isso, a primeira fila foi formada por Marcel Visconde e Maurizio Billi. Quando a bandeira verde foi mostrada, uma confusão entre os primeiros colocados fez Constantino bater em Lunardi, danificando seu radiador e obrigando-o a abandonar a prova. Marcel manteve a liderança até rodar na curva do Laranja. Billi assumiu o primeiro lugar, mas uma escorregada na Descida do Lago o fez cair para quarto, atrás de Valle, Lunardi e Baptista. A partir daÁ, a grande briga da corrida passou a ser pelo quinto lugar, entre Sérgio Ribas e Daniel Paludo, que conseguiu a ultrapassagem a duas voltas da bandeirada.
Após as duas corridas, todos os pilotos destacavam as dificuldades criadas pela pista molhada nas duas provas. “As condições da pista mudaram muito durante a corrida. Tive a vantagem de ter largado na pole, sem spray, e consegui abrir uma boa distância no começo e pilotei com muita cautela para evitar errosâ€, descrevia Baptista. Valle, que não vencia na Porsche Cup desde abril de 2008, comentou: “Correr com chuva é sempre difÁcil, mas hoje variava demaisâ€. Roberto Posses, segundo colocado na prova 16, resumiu: “A pista estava como um trem fantasma: a cada curva, um susto. Foi divertido!â€.
Constantino, evidentemente, era o mais contente. “Andei com uma dose extra de cautela, pensando em ‘fechar’ o campeonatoâ€, afirma. “Foi uma corrida puxada [a primeira do dia] porque as condições da pista mudavam bastante e a visibilidade estava baixa. Estou feliz.†Ao contrário do que se poderia imaginar, Constantino afirma jamais ter se colocado pressão para vencer: “Sempre corri pelo prazer de correr. O campeonato nunca foi o grande objetivo. Mas desta vez comecei o ano disposto a terminar bem a temporadaâ€, contou o piloto, que em 2008 perdeu na última curva da última prova a chance de ser campeão pela primeira vez.
Constantino Júnior foi vice-campeão brasileiro e sul-americano de Fórmula 3 em 1992. Em 1993, disputou o Campeonato Internacional de F-3000, mas parou de correr no final da temporada. Voltou Á s pistas em 2006, já no Porsche GT3 Cup Challenge Brasil. Nestes cinco anos, acumulou 26 vitórias (8 delas consecutivas), 29 voltas mais rápidas e 20 pole positions. Em pontos marcados, Constantino encerrou 2011 “apenas†com a sexta marca: 866,5. Neste quesito, o lÁder absoluto é Ricardo Baptista, com 1.402. “Vou continuar na Porsche Cup em 2012. Gosto daqui, os carros são bons e a organização é excelenteâ€, elogia. Ou seja: os recordes da categoria têm grandes probabilidades de serem ampliados na próxima temporada.
Resultado – prova 16 (entre parênteses, a posição de largada)
1) 27-Ricardo Baptista, 14 voltas em 28:24.600, média de 137,404 (1º, 1:51.640)
2) 52-Roberto Posses, a 5.741 (2º)
3) 70-Marcelo Franco, a 7.860 (4º)
4) 00-Constantino Júnior, a 8.001 (6º)
5) 7-Clemente Lunardi, a 15.849 (5º)
6) 99-Tom Valle, a 16.307 (3º)
7) 34-Maurizio Billi, a 21.993 (8º)
8) 55-Marcel Visconde, a 23.602 (11º)
9) 63-Sérgio Ribas, a 24.525 (10º)
10) 89-Daniel Paludo, a 33.049 (19º)
11) 10-Adalberto Baptista, a 40.649 (16º)
12) 18-Zeca Feffer, a 43.175 (15º)
13) 17-Claudio Dahruj, a 44.340 (7º)
14) 36-Charles Reed, a 46.016 (9º)
15) 11-Omilton Visconde Júnior, a 51.049 (13º)
16) 16-Esio Vichiese, a 1:00.417 (17º)
17) 15-Henry Visconde, a 1:01.172 (18º)
18) 97-Marcos Barros, a 1:12.675 (12º)
19) 8-Guilherme FigueirÁ´a, a 2 voltas (14º)
Volta mais rápida: 1:54.896, média de 135,013 km/h
Resultado – prova 17 (entre parênteses, a posição de largada)
1) 99-Tom Valle, 13 voltas em 26:55.951, média de 124,794 (3º)
2) 7-Clemente Lunardi, a 2.913 (4º)
3) 27-Ricardo Baptista, a 3.832 (8º)
4) 34-Maurizio Billi, a 8.958 (2º)
5) 89-Daniel Paludo, a 19.155 (10º)
6) 63-Sérgio Ribas, a 20.749 (9º)
7) 52-Roberto Posses, a 5.741 (7º)
8) 18-Zeca Feffer, a 22.818 (12º)
9) 70-Marcelo Franco, a 23.494 (6º)
10) 36-Charles Reed, a 27.915 (14º)
11) 55-Marcel Visconde, a 38.346 (1º)
12) 97-Marcos Barros, a 38.535 (18º)
13) 8-Guilherme FigueirÁ´a, a 38.922 (19º)
14) 17-Claudio Dahruj, a 42.047 (13º)
15) 16-Esio Vichiese, a 53.722 (16º)
16) 15-Henry Visconde, a 55.742 (17º)
17) 10-Adalberto Baptista, a 1:08.935 (11º)
18) 11-Omilton Visconde Júnior, a 1:13.622 (15º)
19) 00-Constantino Júnior, a 10 voltas (5º)
Volta mais rápida: Ricardo Baptista, 1:53.033, média de 137,238 km/h