Pilotos e fãs do esporte despedem-se de Saul Caús na Câmara de Cascavel.
O automobilismo paranaense sofreu mais uma perda nesta segunda-feira (27). Aos 57 anos, morreu pela manhã no Hospital São Lucas, em Cascavel, o ex-piloto e preparador de carros de competição Saul Mário Caús. Ele vinha sofrendo, nas últimas semanas, de complicações intestinais. O corpo está sendo velado na Câmara de Vereadores de Cascavel e será sepultado nesta terça (28), Á s 10h30, no Cemitério Parque São Luiz, no bairro São Cristóvão.
Caús estava envolvido com o automobilismo de competição há mais de 40 anos. Começou a frequentar os autódromos de terra em fins da década de 60, para acompanhar as corridas de seu cunhado Delci Damian. Celso “Italiano†Caús, irmão de Saul, preparava os carros de corrida de Damian. Saul passou a trabalhar na oficina de Celso aos 15 anos. Em seguida, passou a atuar como auxiliar de mecânico na revenda Chrysler, da famÁlia Bresolin.
Foi no novo emprego que Saul Caús viu-se mais perto do automobilismo de competição – a oficina da Chrysler preparava, também, o Simca de corridas de Jaci Pian. Em 1971, fez sua primeira participação, em uma corrida na cidade de Guaraniaçu, com um Fusca que lhe fora emprestado por Damian. Competiu até 1999, quando abandonou a condição de piloto do Paranaense de Endurance para se dedicar Á preparação de carros para outros competidores.
A comunidade automobilÁstica de Cascavel reconhece em Saul Caús um dos maiores representantes da história da cidade, embora sua carreira não tenha alcançado nÁveis de projeção nacional ou internacional. No inÁcio da década de 80, declinou dos convites para atuar no já forte automobilismo paulista para se dedicar Á profissão – sua oficina em Cascavel é também a sede da Caús Motorsport, que mantém-se ativa no Metropolitano de Marcas & Pilotos.
A trajetória de Caús no automobilismo incluiu participações na Fórmula Ford, Divisão 3, Paranaense de Stock Car, Copa Corsa, Paranaense de Marcas e de Endurance. Além disso, foi vencedor da classe 1.600cc dos Mil QuilÁ´metros de BrasÁlia, em 1981, em dupla com LeÁ´nidas Fagundes Júnior, e pole das 12 Horas de Jacarepaguá, prova que terminou em quinto ao lado de Gastão Weigert. Em 1985, venceu a Cascavel de Ouro com seu tradicional Opala número 5.