Amigos e parceiros de benemerência na ONG IBK, Rubens Barrichello e Tony Kanaan ampliaram neste domingo o recorde de vitórias nas 500 Milhas da Granja Viana.
Na companhia de Lucas di Grassi, Renato Russo e Felipe Giaffone, Barrichello e Kanaan conquistaram o hepta na 11ª edição da mais concorrida prova do kartismo brasileiro. E, como se não fosse o suficiente, ainda levaram o outro kart do time – completado por Antonio Pizzonia, Di Grassi e Thiago Camilo – ao segundo lugar. Em terceiro terminou o quarteto liderado por Luciano Burti e completado por Denis Dirani, Gabriel Dias e Felipe Guimarães.
A corrida foi encerrada com 581 voltas, depois de duas panes no sistema de cronometragem que chegaram a provocar a interrupção da corrida por quase 50 minutos. Após a largada, aos 15 minutos da madrugada deste domingo, Felipe Massa precisou de apenas uma volta para subir do terceiro no grid para a liderança. O piloto da Ferrari revezou-se na ponta com Luciano Burti na primeira hora, mas aos poucos o kart começou a perder rendimento. Às 7h30, depois de punidos com duas passagens pelos boxes por ultrapassagem sob bandeira amarela, o trio de Massa – formado por João Paulo Bertuccelli e Ruben Carrapatoso – abandonou por problemas no motor.
Respectivamente 13ª e 15ª colocadas na superpole, as equipes de Rubinho e Barrichello tomaram a frente cerca de três horas antes do fim das 581 voltas, depois de andarem praticamente todo o tempo juntas. E superaram o risco de uma reviravolta provocado pela paralisação causada pela queda na cronometragem, quando os karts foram realinhados para uma segunda largada. Como os problemas persistiram, a direção de prova decidiu encerrar a corrida.
“Numa prova de longa duração como esta, 80% do resultado são uma questão de sorte. Mas é claro que o trabalho de equipe conta muito. Comecei minha carreira no mesmo dia de meu primo LuÁs Sérgio, o dono da equipe, e corremos desta vez ao lado do meu mestre Renato Russo. É uma pena que o final não tenha sido aquele que esperávamos, mas não se pode dizer que tenha ocorrido alguma injustiça, embora o time do Osvaldo Negri Jr. estivesse muito rápidoâ€, comentou Rubinho, que viajaria Á noite para os testes coletivos da Fórmula 1 em Jerez (Espanha) na quarta e quinta-feiras.
Cansado, mas sem esconder a alegria por mais um tÁtulo, Kanaan ironizou aqueles que torcem o nariz para o domÁnio que a equipe vem exercendo na Granja Viana. “Não guiamos nada. E ainda temos um botão no volante do kart que pode alterar o placar eletrÁ´nico. A verdade é que as pessoas precisam aprender a perder, assim como devem aprender a ganharâ€, desabafou. Kanaan é outro que tinha viagem marcada para a noite, mas para os treinos da Andretti-Green na Fórmula Indy nesta semana em Miami.
Dublê de piloto e promotor, Felipe Giaffone alcançou o tricampeonato no kartódromo da famÁlia. Lamentou o ocorrido com a cronometragem, mas exaltou a competência da equipe. “Correu tudo bem até Á s 10 horas, até surgir o problema com os tempos. O segredo foi não ter sofrido qualquer problema. Na madrugada, eu e Rubinho nos puxamos por quase três horas, e isso ajudou muito. Não éramos os mais rápidos, mas a regularidade compensouâ€, analisou.
Burti nem ficou para a cerimÁ´nia do pódio, já que ainda pela manhã disputou a rodada dupla de encerramento da GT3 Brasil em Interlagos. O companheiro Denis Dirani disse que o terceiro lugar superou as expectativas do time. “Nossa meta era chegar entre os cinco. Fomos prejudicados por um problema no abastecimento, que nos deixou para trás da 40ª posição, mas consegui entregar o kart na segunda posição. Depois, o motor perdeu força e, por isso, estamos contentes com nossa colocaçãoâ€, avaliou.