A Justiça de São Paulo concedeu liminar ao vereador Mario Covas Neto (PSDB), filho do ex-governador Mario Covas, que pediu a interrupção do processo de privatização do autódromo de Interlagos, liderado por João Doria. O parlamentar, que é presidente da Comissão de Constituição e Justiça, alega que o projeto não foi adequadamente apresentado na Câmara, reforçando seu status de opositor do empresário que dá seus primeiros passos na administração pública.
Segundo Mario Covas Neto, o projeto deveria ter sido avaliado pela Câmara de maneira mais profunda. Por conta da liminar concebida, o processo de privatização de Interlagos fica suspenso até os parlamentares definirem o futuro do autódromo.
No fim de outubro, durante coletiva de imprensa para apresentar o GP Brasil de Fórmula 1, que acontece neste domingo, João Doria comentou que a expectativa da sua gestão era de finalizar o modelo de negócio proposto a potenciais investidores no inÁcio de 2018, com o leilão sendo realizado na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) em meados de abril.
Entre as demandas da prefeitura aos investidores estava o compromisso de manter o autódromo de Interlagos intacto. O terreno de pouco menos 1 milhão de m² também conta com um kartódromo, que poderia ser removido para a construção de um complexo multiuso no local, inspirado no circuito de Yas Marina, em Abu Dhabi.
Crendo na privatização como uma maneira eficiente de cortar gastos públicos consideráveis, João Doria planeja mais concessões Á iniciativa privada além de Interlagos. O estádio do Pacaembu, por exemplo, já foi aprovado na Câmara, bem como o sambódromo do Anhembi.