A empresa que adquirir o autódromo de Interlagos poderá erguer prédios dentro do complexo. A autorização constará do projeto de privatização que deverá ser enviado em maio Á Câmara Municipal pelo prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB).
A prefeitura decidiu liberar empreendimentos imobiliários em Interlagos porque concluiu que o autódromo, por si só, tem baixÁssima viabilidade econÁ´mica -dificilmente seria vendido sem algum tipo de benefÁcio extra.
Interlagos tem um alto custo de manutenção. São cerca de R$ 7 milhões por ano. Além disso, periodicamente, precisa passar por obras para se adequar Á s exigências da Fórmula 1. A última grande reforma custou cerca de R$ 160 milhões Á prefeitura.
Com a privatização, todos esses custos passarão a ser de responsabilidade da empresa compradora, que poderá utilizar os novos empreendimentos para se rentabilizar.
Interlagos tem cerca de 1 milhão de m², dos quais cerca de 300 mil m², segundo estimativa de técnicos da prefeitura, estarão disponÁveis para as novas construções.
A prefeitura entende que, preservada a pista e o parque existente (de acesso gratuito para a população), a área pode ser utilizada para a construção de imóveis residenciais, de um shopping center, de um hotel, de restaurantes com vista panorâmica e de um museu automobilÁstico.
Não está claro ainda se o kartódromo, situado ao lado do circuito oficial, terá de ser mantido também. Embora Doria tenha dito que pretende preservá-lo, vereadores dizem considerar que o espaço será necessário para viabilizar a privatização. Inaugurado em 1970, o equipamento foi batizado em 1996 de Kartódromo Ayrton Senna.
Fonte: Folha de S.Paulo