Depois das recentes declarações do prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, veiculadas pela imprensa, o presidente da Confederação Brasileira de Automobilismo, Paulo Scaglione, estranha a agressividade e o esforço para a transferência de responsabilidades.
No entender do presidente da CBA, da forma como o senhor César Maia se manifesta, tem-se a nÁtida impressão de que o mesmo já está com “uma cruz na mão e procurando um cristão para crucificar”. Isso porque, segundo o prefeito, “há meses Paulo Scaglione, presidente da CBA, não fala outra coisa. Parece que quer prejudicar o Pan”.
“Ora, se há meses a postura da CBA foi colocada de forma transparente e direta, seria obrigação da prefeitura de cumprir o que determinada a legislação municipal, ou seja, levar para a aprovação da CBA as introduções a serem feitas dentro do complexo do autódromo, pois a lei não fala em pista, mas sim em autódromo”, diz Scaglione.
“Por ignorância – até certo ponto aceitável – o prefeito tem entendido que autódromo é sinÁ´nimo de pista, o que o induz a erros nas suas manifestações. Autódromo é todo um complexo, incluindo pista, área de boxes, estacionamentos, áreas de escape, pistas de serviços etc. Mas o prefeito não entende assim”, explica Scaglione.
O presidente da CBA estranha também a argumentação do prefeito de que a entidade teria como objetivo inviabilizar o complexo, o que não é verdade. “O que a CBA quer é proteger o autódromo, que foi construÁdo com verbas dos munÁcipes. Além disso, o Estado desapropriou o terreno e fez a doação para a prefeitura com cláusula especÁfica de uso, indicando a construção de um autódromo”.
Scaglione acrescenta também que a CBA não pode ser condenada por eventual incompetência de terceiros em não prever o cumprimento dos prazos. “Se a prefeitura não foi capaz de cumprir os seus compromissos em relação ao Pan e está com os prazos estourados, definitivamente não foi por culpa da CBA”, conclui Paulo Scaglione.
Fonte: Amigos da Velocidade