No inicio da Fórmula 1 era muito comum a existência de equipes independentes, que usavam chassis adquiridos das equipes chamadas construtoras. Muitas destas equipes competiram durante muitos anos, usando variados chassis. Até o final dos anos setenta estas equipes ajudaram a encher os grids da Formula 1, conquistando até vitórias e revelando vários talentos para as equipes de fábrica. Nesta série vamos contar as histórias das principais equipes independentes, cuja mais importante foi a Rob Walker. Vamos começar pela Scuderia Centro Sud.
Scuderia Centro Sud
Guglielmo “Mimmo†Dei, um negociante de carros Maserati fundou a Scuderia Centro Sud, no meio dos anos cinqüenta, como um hobby. O nome veio da localização de seus negócios, o centro e o sul italianos. Utilizando Maseratis
Em
Com diversos pilotos diferentes, a equipe esteve
Com a saÁda da Maserati da F-1, Guglielmo Dei passou a usar o chassi Cooper T51, com o motor Maserati. O inglês Ian Burgees disputou quatro, dos cinco GPs em que a equipe se inscreveu, sendo sexto colocado no GP da Alemanha. O segundo carro, como de costume foi conduzido por diversos pilotos, como o português Mario Cabral. O brasileiro Fritz D’Orey, o último representante verde-amarelo na F-1, até Emerson Fittipaldi, estreou na categoria com uma Maserati da equipe, no GP da França.
Depois de dois anos, um carro da equipe voltou a terminar entre os primeiros num GP. O argentino Carlos Menditeguy cruzou em quarto lugar o GP da Argentina de 1960. Os carros foram inscritos em oito, dos dez GPs da temporada. O norte-americano Masten Gregory voltou a pilotar para a equipe, sem sucesso. O alemão Wolfgang Von Trips defendeu a equipe em uma prova, o GP dos EUA.
Em 1962 Guglielmo Dei contratou um jovem e promissor piloto italiano, Lorenzo Bandini. Mas o velho Cooper T53, adquirido em substituição ao T51, já estava obsoleto. A equipe se inscreveu em apenas quatro GPs. O italiano Massimo Natilli guiou o T51 em duas etapas. O melhor resultado no ano foi um oitavo lugar, no GP da Itália, com Bandini.
A equipe não participou da temporada de 1962, devido ao equipamento obsoleto que dispunha. Bandini foi para a Ferrari. Para
Lorenzo Bandini retornou a equipe, pois perdera o seu lugar, na Ferrari, para o belga Willy Mairesse. Na corrida seguinte, GP da Inglaterra, o italiano terminou em quinto lugar. Depois do GP da Alemanha, Bandini saiu da equipe, pois impressionou tanto o Comendador Enzo Ferrari nas três corridas, que retornou a Ferrari, na etapa seguinte, o GP da Itália. Substituindo o belga Mairesse, que havia sofrido um sério acidente na corrida alemã e nunca mais retornou a F-1. Trintgnant e o mexicano Moises Solana substituÁram Bandini nos GPs da Itália e México respectivamente. Um velho Cooper T60 foi inscrito para o português Mário Cabral em duas etapas, mas ele só largou no GP da Alemanha.
A dupla, Tony Maggs, da África do Sul e Giancarlo Baghetti, da Itália, começaram a temporada de 1964. Em seis etapas disputadas os melhores resultados vieram com Maggs. Ele marcou quatro pontos com um sexto, no GP da Alemanha e um quarto, no GP da Áustria.
1965 foi o último ano da equipe. Ainda usando o P57 Masten Gregory, depois de um bom tempo afastado da F-1, retornou a equipe. Foram quatro GPs disputados no ano, sem nenhum bom resultado. O GP da Itália foi o último da equipe.
A equipe sempre alinhou no fim dos grids de largada, mas a sua maior contribuição foi ter servido de ponte para diversos pilotos no inicio de suas carreiras. No total 36 pilotos guiaram para a equipe. De desconhecidos, como o italiano Alfonso Thiele, a pilotos que mais tarde se consagrariam como Wolfgang von Trips e Lorenzo Bandini.
A Scuderia Centro Sud disputou 47 GPs, tendo como melhor resultado o terceiro lugar, com Masten Gregory, no GP de MÁ´naco de 1957. Pontuou em nove etapas do mundial. Foram 24 pontos, computados para as equipes Maserati, Cooper e BRM, da qual utilizava os chassis.