Histórias: Equipes Fantasmas Parte 2

Equipe Cisitalia

 


A Cisitalia foi fundada em 1946 em Turim, pelo industrial e piloto italiano Piero Dusio juntamente com o piloto italiano Piero Taruffi, que também era engenheiro. Desenhado por Dante Giacosa, com base num Fiat com motor de 1100 cilindradas, o carro foi batizado de D46. O modelo conseguiu um relativo sucesso, colecionando diversas vitórias com pilotos como Tazio Nuvolari e Achille Varzi. Um modelo de carro esporte também foi construÁ­do, sendo segundo nas Mille Miglia e na Targa Florio, de 1947.


Dusio aproximou-se de Carlo Abarth, em 1947, que pediu a ele para construir um modelo. O modelo batizado de Tipo 360 e com um motor flat 12 não obteve sucesso em 1948. Os D46 continuavam a vencer corridas, mas em 1949 a Cisitalia começou a ter problemas de dinheiro, fechando no final do ano.


O projeto de carros esporte foi assumido por Carlo Abarth. Dusio mudou-se para a Argentina. Equipados com um motor Abarth, os D46 apareceram em várias corridas de F-2, no inicio dos anos cinqüenta. Em 1952 Piero Dusio inscreveu um modelo no GP da Itália, equipado com um motor BPM, falhando na tentativa de se classificar para a largada. Até o meio da década de cinqüenta os carros foram vistos em corridas na Itália.


 


Equipe Milano


 


 


Os irmãos milaneses Ruggieri eram tradicionais competidores nos anos pré-Formula 1. A escuderia Milano usava diversos chassis trabalhados pelos irmãos. Quando o mundial de F-1 foi instituÁ­do, em 1950, a Milano logo se inscreveu usando modelos da Maserati. O quinto lugar, no GP da SuÁ­ça, de 1950, com o italiano Felice Bonetto, foi o melhor resultado da equipe em seis GPs disputados. O brasileiro Francisco Landi usou uma Maserati, da equipe, no GP da Itália, de 1953, última corrida da equipe.


Como construtor Arialdo Ruggieri usou uma Maserati 4 CLT/50, que era uma versão do modelo CLT/48, como base para o Milano 1. O chassi foi re-trabalhado, mas apareceu apenas uma vez, equipado com um motor Speluzzi,. Esse motor era baseado nos antigos Maserati de 4 cilindros, que haviam sido adquiridos pela Milano. Mário Speluzzi, que havia desenvolvido os motores Maserati para barcos, foi convidado para construir o motor. Com o italiano Felice Bonetto, o carro foi inscrito para o GP da Itália, de 1950, classificando-se para a largada em 23º, mas, não largando para a prova. No final do ano o projeto foi abandonado. Em 1955 o projeto foi adquirido pela Arzani-Volpini.


 


Equipe Arzani-Volpini


 


 


No inicio da década de cinqüenta Gianpaolo Volpini alcançou bons resultados fabricando pequenos carros. Primeiro na Fórmula Junior, depois na Formula 3. Em 1954 decidiu, em sociedade com o fabricante de motores EgÁ­dio Arzani, entrar na nova Formula 1, que adotaria motores de 2,5 litros a partir daquela temporada.


O dinheiro, porém, era pouco, então resolveram comprar um projeto já existente, adquirindo um Milano-Maserati, de 1950. Re-trabalharam o chassi, alargando-o e sendo renomeado com o nome de Arzani. O carro ficou pronto para participar de uma corrida em Paul, em meados de 1955, com o italiano Mário Alborghetti. Na corrida uma tragédia mudou os rumos da equipe. Alborghetti faleceu depois de bater seu carro numa barreira de pneus.  A única tentativa de classificar o carro, em um GP oficial de F-1, foi durante o GP da Itália, de 1955, com o italiano Luigi Piotti, que teve problemas no motor Maserati, não classificando o carro para a largada.. Os Arzani-Volpini continuaram a participar de corridas de F-3 durante a década de cinqüenta.


 


 


Equipe Fry


 


David Fry trabalhava junto com Alec Issigonis em 1958, na construção de um chassi de F-2, para o piloto inglês Stuart Lewis-Evans, que faleceu num acidente durante o GP de Marrocos daquele ano. Issigonis trabalhava também na Alvis Company, que tinha como presidente John Parkes, pai do piloto Mike Parkes. John sugeriu que Mike poderia ajudar no desenvolvimento do carro. Parkes era também engenheiro. Equipado com um motor Coventry ClÁ­max, o carro era bem avançado para a época, com um semi-monocoque e o chassi trabalhado em borracha. O modelo fez poucas corridas na F-2 naquele ano, com parcos resultados. Em 1959 o carro foi inscrito no GP da Inglaterra, com Parkes, não conseguindo tempo para a largada. Parkes ainda fez algumas outras corridas, de F-2, naquele ano. No meio da década de sessenta, Mike Parkes foi para a F-1, contratado pela Ferrari, conseguindo bons resultados.


 


Equipe Apollon


 


Em 1977 o Jolly Club da SuÁ­ça adquiriu um Williams FW03, que havia sido projetado em 1973. Renomeado Apollon, o carro foi inscrito no GP da Itália, de 1977, equipado com um motor Ford. O suÁ­ço Loris Kessel acidentou-se nos treinos. Ele não se classificou para a largada. O carro nunca mais foi visto.