Fundada em 1931 em Stuttgart, Alemanha, a Porsche só começou a se envolver com corridas em 1947 quando o filho de Ferdinand Porche, Ferry, montou uma pequena equipe em Gmund, Áustria, mas logo retornando a Stuttgart. Os primeiros bons resultados foram alcançados nas 24 horas de Le Mans, Em 1957 começou a construção dos modelos de Fórmula 2.
A primeira aparição dos Porsche na F-1 foi, no GP da Alemanha de 1957, usando o modelo 550 RS, com o italiano Umberto Maglioli e o alemão Edgard Barth, que venceu entre os F-2 inscritos. Um terceiro 550 RS, com o holandês Carol Godin de Beaufort, pela escuderia Maarsbergen, também disputou esta corrida. Em 1958 os Porsche aparecerem em dois GPs: com o piloto particular de Beaufort na Holanda e Alemanha e Barth, na Alemanha, onde foi 6º lugar. As esporádicas aparições continuaram em 1959, com Wolfgang von Trips, em MÁ´naco, de Beaufort, na Holanda e Harry Blanchard nos EUA, onde foi 7º lugar, estes dois últimos em carros particulares. Hans Hermann terminou em 6º lugar, o GP da Itália de 1960 e marcou o primeiro ponto para a Porsche no mundial de construtores, Barth também alinhou, terminando em 7º, esta foi á única aparição dos Porsche naquele ano.
Em 1961, depois do sucesso obtido na F-2 e nas corridas de carros esporte a Porsche decidiu construir um modelo para efetivamente disputar o mundial de F-1. Baseado no modelo 718 RSK, de F-2, foi construÁdo o modelo 718/2, com motores refrigerados a ar, de 1,5 litros e cerca de 150 cavalos. Nesta temporada o regulamento mudou, e a cilindrada do motor foi diminuÁda de 2,5 litros para 1,5 litros. Foram contratados dois pilotos para a equipe oficial, o sueco Joakim Bonnier e o americano Dan Gurney, que logo na estréia do carro, no GP de MÁ´naco, terminou num bom 5º lugar, no restante do ano Gurney foi 3 vezes 2º lugar, na França, Itália e EUA, terminando o ano em 4º lugar entre os pilotos. Bonnier marcou apenas 3 pontos no campeonato. Hans Hermann pilotou um terceiro carro em dois GPs e foi companheiro de Beaufort, na escuderia Maarsbergen, em outro, o holandês diputou 5 GPs no ano. Nos construtores terminou em 3º com 22(23) pontos.
Para 1962 a Porsche inovou na construção do motor, que passou a ser refrigerado a água com carburadores no lugar da injeção e oito cilindros, composto por 2 blocos de quatro cilindros opostos, na configuração conhecida como flat 8. Gurney e Bonnier continuaram como pilotos oficiais e de Beaufort continuou a usar o chassi Porsche da escuderia Maarsbergen. O começo da temporada não trouxe nenhum resultado significativo, até o GP da França, o quarto da temporada, numa corrida marcada por diversos incidentes com os ponteiros, Gurney, que largara em 6º recebeu a bandeirada em primeiro dando a Porsche sua primeira e única vitória no mundial de F-1. Depois desta vitória Gurney ainda conseguiu a pole para o GP da Alemanha, terminando em 3º lugar, ao final do campeonato Gurney somou 15 pontos sendo o 5º colocado entre os pilotos, Bonnier somou apenas 3 pontos e de Beaufort conquistou 2 pontos, de dois 6º lugares, outros pilotos, como Nino Vacarella e Ben Pon disputaram alguns GPs com carros particulares, sem destaque. Nos construtores os 18(19) pontos renderam o 5º lugar. Ao final daquele ano a Porsche anunciou sua retirada da F-1, para se concentrar nas corridas de carros esporte, nas quais vinha obtendo muito sucesso, o GP dos EUA foi o ultimo disputado por um Porsche oficial, Gurney terminou em 5º lugar.
A escuderia Maarsbergen continuou a alinhar seus Porsche particulares em 1963 com de Beaufort e Gehard Mitter. Carol Godin de Beaufort novamente conquistou 2 pontos, de dois 6º lugares e Mitter foi 4º lugar no GP da Alemanha, no final do ano, mesmo sem estar representada oficialmente a Porsche figurou em 6º lugar entre os construtores, com 4 pontos. A última vez que um Porsche alinhou em um grid da F-1 foi, no GP da Holanda de 1964, com de Beaufort, que alinhou em 17º, abandonando depois de 8 voltas. Carol Godin de Beaufort faleceu, aos 30 anos, três dias depois de se acidentar com seu Porsche durante os treinos para o GP da Alemanha de 1964.
A Porsche continuou a disputar competições com carros esporte, vencendo várias vezes ás 24 horas de Le Mans, no mundial de Rally e tendo no final dos anos oitenta, uma experiência, não muito bem sucedida na F-Indy. A montadora alemã voltou a F-1 em 1983, como fornecedora de motores para a equipe McLarem alcançando estrondoso sucesso com seu motor turbo de 1,5 litros V6, vencendo os campeonatos de 1984,1985 e 1986, se retirando no final de 1987, e retornando brevemente em 1991 num fracassado projeto, de um motor V12, para a equipe Footwork.
Como equipe a Porsche disputou 33 GPs, com uma vitória, uma pole-position e 47 pontos marcados.