Chuva que caiu no circuito no final da prova tornou vida dos pilotos mais difÁcil. Três modelos diferentes ocuparam as três primeiras posições.
O domingo amanheceu animando os pilotos do Itaipava GT3 Brasil em Curitiba. Com céu ensolarado e temperaturas um pouco mais elevadas, tudo indicava que a previsão de chuva para o horário da segunda corrida do final de semana não se concretizaria. Porém, minutos antes da largada, as nuvens rodearam o circuito, uma leve e rápida garoa apareceu, e a direção de prova determinou que a largada fosse feita com Safety Car em fila indiana. Nada que pudesse mudar os planos das equipes em caso de troca de pneus, mas que traria um ingrediente de final dramático para os pilotos após uma hora de corrida.
“A largada em fila indiana foi boa para nós porque os Viper e o Ford GT sempre têm muita potência na saÁda e certamente iriam dificultar a nossa vida na freada para a primeira curvaâ€, lembrou o gaúcho Cláudio Ricci, que venceu ao lado de Rafael Derani com o Ferrari F430. “Tentei manter um bom ritmo para entregar o carro para o Rafael na melhor posição possÁvelâ€, disse.
No inÁcio as posições se mantiveram, e na 11ª volta a garoa voltou a cair no circuito paranaense. Foi quando Thiago Camilo (Alceu Feldmann), que havia largado em sexto com o Porsche 997, pulou para o quarto lugar ultrapassando o Dodge Viper de Wagner Ebrahim (Fábio Ebrahim) e o Ford GT de Ricardo Rosset (Clemente Lunardi). Quatro voltas depois, a chuva cessou. Na frente, dois Ferrari F430: Allam Khodair (Marcelo Hahn) diminuÁa a diferença que o separava do lÁder Cláudio Ricci (Rafael Derani).
Logo atrás, Viper, Porsche e Ford GT brigavam por posições. Ricardo MaurÁcio (AntÁ´nio Hermann), após conseguir passar o Ferrari de Rodolpho Santos (Walter Derani), encostou em Ricardo Rosset e ganhou a posição. No entanto, o Ford GT deu o troco, por fora, no ‘S’ de baixa após a reta.
Na 25ª volta, Rosset foi o primeiro do pelotão da frente a fazer a parada para troca de pilotos. Na volta seguinte foi a vez de Wagner Ebrahim passar o Viper a seu irmão Fábio. Na última volta da janela de parada obrigatória, Ricci, Khodair, Stumpf, Camilo e Ricardo MaurÁcio entraram nos boxes.
Na saÁda, Marcelo Hahn, que assumiu o Ferrari F430 no lugar de Allam Khodair, pulou na liderança logo Á frente de Rafael Derani (Cláudio Ricci). Entretanto, o piloto da equipe Blausiegel foi punido com um drive through por ter saÁdo dos boxes a 17 km/h. Foi uma tentativa de garantir os dois minutos obrigatórios de tempo nos boxes e segurar o adversário. Com a penalização do Ferrari, Ramon Matias (Matheus Stumpf) assumiu a segunda colocação com o Dodge Viper.
“Eu vinha em um ritmo forte, mas aÁ a chuva aparecia e eu diminuÁa; depois parava e eu voltava a acelerarâ€, contou Matias. “Acho que se não fosse a chuva, o Viper deles certamente disputaria a vitóriaâ€, apontou Rafael Derani.
Mesmo em condições difÁceis as disputadas continuavam intensas, pelo menos para Fábio Ebrahim, que tentava ultrapassar Clemente Lunardi e ganhar a quinta posição. No final da reta oposta Ford GT e Dodge Viper se tocaram e Lunardi levou a pior: abandonou a corrida com danos na suspensão traseira direita do bólido norte-americano.
Na 32ª volta, a garoa voltou, e aos poucos, se transformou em chuva mais intensa com ventos fortes. A dez giros do fim, parar nos boxes para trocar pneus significaria perda de tempo e posições. Então, todos os pilotos seguiram com pneus slicks até o final. “A pista toda ficou muito crÁtica. Até na reta, quando eu trocava as marchas, o carro balançava. Então eu freava até 300 metros antes das curvas e reduzia as marchas bem devagar. Mas na Curva da Vitória e no ‘S’ após a reta estava muito difÁcil. A última volta, para mim, foi um inferno. O tempo não passavaâ€, lembrou o vencedor Derani.
A dificuldade era tanta que Marcelo Hahn rodou duas vezes com seu Ferrari na mesma volta. Mesmo assim, terminou na quarta posição. Antes dele, cruzaram a linha de chegada em segundo lugar Matheus Stump e Ramon Matias, confirmando o bom desempenho do final de semana e Alceu Feldmann e Thiago Camilo, que chegaram em terceiro mesmo sem participar da prova anterior em virtude de problemas no câmbio.
GT Masters – No GT Masters, Cláudio Ricci/Rafael Derani repetiram a vitória de ontem, novamente seguido de mais três Ferrari F430: Allam Khodair/Marcelo Hahn, Fernando Poeta/Duda Rosa e Walter Derani/Rodolpho Santos. O GT Masters é classe disputada dentro do Itaipava GT3 Brasil pelas duplas que têm ao menos um piloto bronze em sua formação – Á exceção dos duos bronze/platina.
A terceira rodada dupla (quinta e sexta etapas) do Itaipava GT3 Brasil acontece no dia 28 de junho em São Paulo, no circuito de Interlagos.
Confira o resultado da quarta etapa do Itaipava GT3 Brasil:
1º) 3 – R.Derani/C.Ricci (FE, SP/RS), 42 voltas em 1h01min33s787 (média de 151,24 km/h)
2º) 17 – R.Matias/M.Stumpf (VI , RS/RS), a 8s874
3º) 6 – A.Feldmann/T.Camilo (PO , PR/SP), a 46s524
4º) 16 – M.Hahn/A.Khodair (FE , SP/SP), a 1min10s696
5º) 20 – W.Ebrahim/F.Ebrahim (VI , PR/PR), a 1min35s321
6º) 5 – R.Mauricio/A.Hermann (PO , SP/SP), a 1 volta
7º) 18 – F.Poeta/D.Rosa (FE , SP/RS), a 3 voltas
8º) 70 – W.Derani/R.Santos (FE , SP/SP), a 6 voltas
9º) 12 – C.Lunardi/R.Rosset (FO , SP/SP), a 10 voltas
Melhor Volta: R.Derani/C.Ricci, 1:19.991 (166,29 km/h)
(Legenda: FE – Ferrari F430 / VI – Dodge Viper / FO – Ford GT/ PO – Porsche 997)
Confira a classificação do Itaipava GT3 Brasil após quatro corridas disputadas:
1º) Rafael Derani/Cláudio Ricci (Ferrari F430), 74 pontos
2º) Clemente Lunardi (Ford GT), 57
3º) Marcelo Hahn/Allam Khodair (Ferrari F430), 49
4º) Ramon Matias/Matheus Stumpf (Dodge Viper), 46
5º) Thiago Camilo (Porsche 997), 45
6º) Wagner Ebrahim/Fabio Ebrahim (Dodge Viper), 43
7º) Walter Derani/Rodolpho Santos (Ferrari F430), 37
8º) Constantino Júnior (Ford GT), 35
9º) Alceu Feldmann (Porsche 997), 32
10º) Ricardo MaurÁcio/AntÁ´nio Hermann (Porsche 997), 31
11º) Lico Kaesemodel (Porsche 997), 30
12º) Fernando Poeta/Duda Rosa (Ferrari F430), 25
13º) Ricardo Rosset (Ford GT), 22
14º) Ronaldo Freitas (Porsche 997), 17