Depois de liderar os testes de inverno da GP2 em duas pistas diferentes – Paul Ricard na França e Jerez de la Frontera na Espanha -, Pizzonia opina sobre a categoria. Com sua grande experiência no automobilismo internacional, o amazonense já desvenda os segredos de uma boa performance e faz uma rápida e fácil análise do comportamento do carro, concordando com a maioria dos pilotos, que consideram os pneus da categoria o fator de maior dificuldade.
“A diferença de tempo com pneus velhos e novos é de uns três segundos por volta. Se andar no limite, o mais provável é que apenas a primeira volta seja boa e depois há uma queda de rendimento nas outras três ou quatro voltas, e após isso eles ‘já eram’. Então, é muito difÁcil julgar em qual momento você pode usar os pneus ao limite, pois o balanço do carro se altera completamente. É muito minucioso ajustar o carro de fato: fazemos o trabalho com os pneus velhos, e depois com os novos o balanço do carro é totalmente diferente, e você não sabe o que esperar”, avalia Antonio, que fez uma volta voadora (1:27.184) na segunda-feira, sendo sete décimos de segundo mais rápido do que os pilotos mais próximos.
Na terça-feira (7/11) a chuva castigou o espanhol e a trégua só foi dada ao final das sessões, quando a pista ainda estava secando. Durante a manhã, o amazonense fez a sua estréia na chuva com o carro da GP2 e conseguiu fazer um bom acerto no monoposto da Fisichella Motor Sport International, completando 13 voltas e estabelecendo o terceiro melhor tempo, com 1:45.743. “Foi muito produtivo de manhã, deu para acertar bem o carro. Foi a primeira vez que experimentei o pneu Bridgestone da categoria na chuva, e consegui encontrar um bom balanço. Foi uma boa experiência e agora consigo ser rápido tanto no seco, quanto no molhado, e com qualquer condição de desgaste dos pneus†avaliou o ex-pioloto da Williams F1, que fechou a soma dos dois dias de treinos com o melhor tempo em Jerez.
A tarde, o treino começou com a pista molhada e o treino teve que ser prolongado por mais 15 minutos, para que os pilotos pudessem testar em condições um pouco melhores. Mas a prática se tornou uma loteria, com muitas batidas, bandeiras vermelhas e tráfego. “Esta última sessão não serviu para nada. Só os que fecharam a volta no último minuto é que conseguiram um tempinho um pouco melhor, foi um teste de sorteâ€, completou Antonio Pizzonia.