GP de San Marino, 1994: 25 anos depois

25 anos.  Como o tempo passa rápido, o mundo muda, mas a imagem de Á­dolo de Ayrton Senna continua viva na memória e nos corações dos brasileiros.

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Eu tinha 20 anos em 1994, apaixonado pelas corridas, em especial pela F-1 desde criança. Tinha, e ainda tenho, como um dos meu Á­dolos, o escocês Jim Clark (falecido em um acidente em uma prova de F-2, em Hockenheim, na Alemanha em 1968).

Acompanhava tudo que podia, sem nem sonhar com a possÁ­vel existência da internet, e a rapidez das notÁ­cias, comprava jornais, revistas, livros. Praticamente tudo aparecia nas bancas e livrarias (e ainda mantenho todo esse material devidamente arquivado).

O choque e a tristeza com o acidente de Senna, na curva Tamburello, na quinta volta do GP de San Marino, é algo difÁ­cil de explicar. Mesmo após tanto tempo, as vezes fico pensando o que mais Senna poderia ter alcançado na F-1.  Quantos tÁ­tulos, vitórias, as magicas poles? Afinal tinha apenas 34 anos.

E depois da F-1, como seria legal ver Senna competindo em provas como as 24 Horas de Le Mans.

Assisti um GP de Fórma-1 no autódromo de Jacarepaguá, o último disputado na finada (prefiro não falar nada sobre o fim do autódromo, para não sair do sério), em 1989.  Época que dizem ter sido a última de ouro da F-1, afinal tÁ­nhamos Senna, Nelson Piquet, Nigel Mansell, Alain Prost, um quarteto de gênios, juntos na pista. E como os carros eram diferentes, o clima, a torcida.

Hoje já tive o prazer de cobrir diversas provas, como as etapas brasileiras da F-Indy e do WEC, Stock Car, GT3 Brasil….  E conviver com vários Á­dolos (Emerson Fittipaldi, Wilsinho Fittipaldi, Rubens Barrichello….). Continuo apaixonado pelas corridas. Mas dá sempre um vazio quando chega o dia Primeiro de Maio.

Para os jovens que não entendem como a Fórmula-1 se tornou uma paixão nacional naquela época (e ainda hoje leva multidões para a frente da TV, as arquibancadas do GP do Brasil), aproveitem a internet, lá vocês podem ver corridas inteiras desde a décadas de 1970 (quando Emrson Fittipaldi abriu os caminhos para José Carlos Pace, Nelson Piquet, Ayrton Senna, Rubens Barrichello, Felipe Massa….). Garanto que não vão se arrepender.

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E para aqueles que dizem: Parei de ver corrida depois que o Senna morreu. Vocês não honram a memória de Senna, que amava as corridas, mas se foi muito cedo.

E não podia deixar de lembrar, que aquele fatÁ­dico GP de San Marino também vitimou o austrÁ­aco Roland Ratzenberger, no treino de sábado. O piloto da Simtek disputou apenas um GP (o do Pacifico), e com 33 anos, era um exemplo de como era difÁ­cil alcançar o sonho de competir na F-1.