Foi do Brasil o primeiro piloto a vencer a primeira corrida da história da Fórmula E, ainda na China, em 2014. A categoria dos carros elétricos tem forte presença brasileira com pilotos e também com outros profissionais. Por isso, na opinião de Lucas di Grassi, nada mais natural que o paÁs receber uma prova da categoria.
Paulistano, Di Grassi fez um breve ensaio de como e onde seria o palco ideal para a primeira corrida da Fórmula E no Brasil. “Acho que São Paulo, por ser a maior cidade do paÁs, no Parque do Ibirapuera, que é o coração verde da cidade, onde as pessoas praticam atividades fÁsicas e há um belÁssimo cenário”, disse. “Além disso, há a total possibilidade prática de se fazer uma pista para a Fórmula E correr lá”, continuou.
O traçado desenhado por Lucas tem 2.105 metros de extensão, dez curvas e sentido anti-horário. Tem a reta de largada na Avenida Pedro Álvares Cabral, em frente Á Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (sentido Avenida Brasil); em seguida, o traçado segue o contorno do Movimento Á Bandeira, no encontro com a Avenida República do LÁbano, e segue até entrar no parque pelo Portão 9. Dali, segue o contorno do lago (paralelo com a Avenida República do LÁbano) numa longa e veloz curva Á esquerda, fechando com um ‘cotovelo’ também Á esquerda, levando pela pista de caminhada e fazendo todo o contorno pelo lago até a saÁda, novamente, para a Avenida Pedro Álvares Cabral. Os boxes ficariam na mesma avenida, no sentido Centro.
A Fórmula E fez recentemente uma etapa em Punta del Este, no Uruguai, onde Lucas foi o segundo colocado. E corre em Buenos Aires no próximo dia 6. É o mais perto que a categoria chega do Brasil. Um quadro que, de acordo com o piloto da ABT Schaeffler Audi Sport, tem tudo para mudar.
“O Brasil deu alguns bons passos em relação aos carros elétricos ao zerar os impostos de importação. É um bom inÁcio. Além disso, veÁculos movidos a eletricidade estão isentos do rodÁzio municipal de São Paulo e têm 50% de desconto no IPVA”, enumerou.
“Uma corrida da Fórmula E acontecendo no Brasil é mais um estÁmulo para a importação e a produção destes veÁculos e seu uso nas cidades. É a única maneira que vejo de os grandes centros combaterem com mais eficiência os altos Ándices de poluição que ainda são gerados pelos veÁculos a combustão”, afirmou.