Veloz e com maior extensão de retas, traçado marroquino deve destacar caracterÁsticas do novo modelo e-tron FE04
O brasileiro Lucas Di Grassi retoma neste sábado (13/1) a luta pelo bicampeonato mundial de Fórmula E durante a terceira etapa da competição, a ser realizada em Marrakesh, no Marrocos. LÁder da equipe oficial Audi Sport ABT Schaeffler, Lucas vê nas caracterÁsticas da pista situada no Norte da África uma oportunidade da fazer sobressair o trabalho de desenvolvimento realizado pelo time alemão. “A equipe desenvolveu um powertrain que permite que o conjunto motor e câmbio trabalhe com máximo desempenho por mais tempo, com menores variações de rendimento. E isso é o ideal para uma pista rápida, dotada de muitas retasâ€, explica o brasileiro. “Esse trabalho de evolução deve nos ajudar o ano inteiro, mas Marrakesh é a pista que melhor casa com essa caracterÁsticaâ€, destaca Di Grassi.
A antiga cidade do norte da África oferece um dos maiores contrastes da temporada, contrapondo o visual e a tecnologia da Fórmula E com as milenares muralhas de um dos principais centros históricos do continente. Adicionando um pouco mais de exotismo, o veloz traçado do Circuito Internacional Moulay El Hassan tem seu nome em homenagem ao jovem prÁncipe herdeiro da coroa marroquina, de apenas 14 anos. Sem elevações ou descidas, a pista tem três quilÁ´metros de extensão e, por ser um traçado permanente, é também um desafio único no calendário.
Mudança – Para 2018, a Audi Sport ABT Schaeffler alterou a configuração do câmbio, que passou a empregar apenas uma marcha Á frente, ao invés das três usadas até o ano passado. “Em 2017 nosso conjunto câmbio-motor não era dos melhores para o estilo do traçado de Marrakeshâ€, lembra Di Grassi, que ainda assim terminou em quinto na prova do ano passado. “E o que conta em Marrakesh é realmente ter potência e poder usá-la da melhor formaâ€, detalha o atual campeão.
Lucas ressalta que um momento chave neste fim de semana serão os treinos que definirão o grid. “Este é um aspecto que pode influenciar bastante o resultado finalâ€, avalia ele. “Em Hong Kong caÁ no grupo 1, que é o primeiro a entrar na pista. Isso não é o ideal, pois o asfalto ainda não está emborrachado – o que reduz a aderência e piora os tempos de volta. De qualquer forma, os tempos estão bastante apertados neste inÁcio de ano, e isso significa que teremos que trabalhar muito, independentemente do grupo classificatório que cairmosâ€.
Na primeira rodada dupla da nova temporada, realizada no inÁcio de dezembro, o atual campeão da Fórmula E foi prejudicado por uma pane elétrica e pelo toque de um concorrente, que danificou a suspensão do Audi e-tron FE04. “O que aconteceu em Hong Kong foi um acidente de percurso. Nós sabemos do potencial que temos para vencer corridas este anoâ€, diz Lucas. “Mas o mais importante é pontuar e seguir com foco total no campeonatoâ€, finaliza Di Grassi.
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