A equipe Williams da Fórmula 1 foi vendida para a empresa de investimento privado Dorilton Capital, sediada nos Estados Unidos, anunciou a escuderia nesta sexta-feira (21). O acordo marca o fim de uma era para a famÁlia dona do grupo.
A Williams seguirá nas corridas com o mesmo nome e permanecerá com sua sede na Inglaterra, segundo um comunicado da equipe.
O acordo pela Williams Racing foi apoiado de forma unânime pelo conselho, incluindo o cofundador Frank Williams, de 78 anos. “Este pode ser o fim de uma era para a Williams como famÁlia dona do time, mas sabemos que ela está em boas mãosâ€, disse a vice-diretora Claire Williams, filha de Frank. “A venda garante a sobrevivência da equipe, mas mais importante, vai levar a um caminho de sucesso.â€
A Williams, cujos atuais pilotos são o britânico George Russell e o canadense Nicholas Latifi, anunciou em maio que estava considerando vender a empresa como parte de uma revisão estratégica.
O grupo não forneceu detalhes financeiros sobre o acordo, e a porta-voz não falou sobre a futura estrutura de administração do time.
Em seu site oficial, a Dorilton disse, no entanto, que faz parcerias com empresas “que são lideradas por equipes de administração fortes e têm uma história de sucesso e culturaâ€. “Acreditamos firmemente que nossas companhias vão continuar com os elementos que as fizeram bem-sucedidasâ€, afirmou.
A Williams será a segunda escuderia de propriedade de um grupo dos EUA, depois da Haas, em um esporte que vê a América do Norte como uma área chave de crescimento sob os detentores de direitos comerciais Liberty Media, que tem sede no Colorado.
3º equipe mais bem-sucedida da F1
O grupo é o terceiro mais velho e mais bem-sucedido da história do esporte, com 114 vitórias e 16 tÁtulos. Contudo, não vence uma corrida desde 2012, e o último campeonato vencido foi com o canadense Jacques Villeneuve, em 1997.
Fundada em 1977 como Williams Grand Prix Engineering, a equipe estava no auge nos anos 1980 e 1990, com os campeões Villeneuve, Alan Jones, Keke Rosberg, Nigel Mansell, Alain Prost, Damon Hill e o brasileiro Nelson Piquet.
A escuderia terminou em último lugar em 2019, mesmo utilizando os mesmos motores da campeã Mercedes, e segue em último também neste ano, já que está há seis corridas sem pontuar.
As finanças do grupo sofreram em consequência da performance ruim nas pistas e da pandemia da Covid-19, que levou a uma onda de cancelamento de corridas e a uma temporada que começou apenas em julho.
Mas o futuro agora parece melhor, com todas as dez equipes assinaram um novo acordo que promete uma parcela mais justa das receitas e uma disputa mais nivelada entre as grandes equipes e as menores.
(Com informações da Reuters)