F1: Speed tenta atrair os EUA de volta Á  Fórmula 1 e Rosberg revive memória

O primeiro piloto norte-americano de Fórmula 1 em 13 anos tem um nome forte. O californiano Scott Speed fará sua primeira prova pela nova equipe Toro Rosso na corrida de abertura da temporada, na próxima semana, em Barein.

O piloto de 23 anos pode não ter o carro mais rápido para a prova de 12 de março, já que a Toro Rosso substitui a lanterninha Minardi, mas tem muito potencial e o sobrenome rápido — Speed significa velocidade em inglês.

Sua presença é um bom passo para um esporte que afastou fãs em um importante mercado para patrocinadores, por causa do fiasco do Grande Prêmio dos EUA no ano passado, em Indianápolis.

“Vai ser incrÁ­vel estar no grid nos EUA e em Indianápolis, com toda a torcida. Estou realmente esperando por isso”, disse Speed quando a equipe da Red Bull confirmou o seu nome.

A última vez que um piloto norte-americano competiu foi em 1993. Mas Michael Andretti — filho do campeão de 1978 Mario, gerou mais expectativas, pelo nome e por ser então uma figura já conhecida nas corridas nos EUA.

Andretti filho largou 13 vezes pela McLaren, ao lado de Ayrton Senna, antes de voltar para casa. Um terceiro lugar na Itália foi o seu melhor resultado e ele bateu ou abandonou seis vezes.

PAI FAMOSO

Speed carrega a esperança de reviver o interesse dos EUA pela Fórmula 1, mas o piloto natural de Manteca não será o estreante mais famoso.

Este papel será de Nico Rosberg, filho do finlandês Keke, que ganhou um tÁ­tulo da Fórmula 1 em 1982, último ano de Andretti no esporte.

Questionado sobre o que o influenciou na decisão de contratar o alemão de 20 anos já que outros mais experientes estavam disponÁ­veis, Frank Williams respondeu: “Duas palavras — o futuro.”

Rosberg ganhou no ano passado a GP2, que serve de apoio Á  Fórmula 1 nos finais de semana de prova, e confia no seu potencial e experiência como piloto de testes na última temporada.

Sua presença relembra o sucesso da parceria Williams-Cosworth-Rosberg, em 1982.

“(O nome) Não é muito um peso”, disse ele no lançamento do novo carro, neste ano. “Me deu muita ajuda na carreira…me ajudou a encontrar patrocinadores e a mÁ­dia sempre tem mais interesse.”

“Provavelmente o nome esteve entre outras coisas que me levaram a pÁ´r o primeiro pé na Williams, em 2002. Por outro lado, é um peso porque as pessoas sempre me comparam ao meu pai.”

Rosberg fez bons teste no mês passado. E ele sempre pode lembrar as pessoas que seu pai não marcou pontos nas primeiras duas temporadas que correu.

O terceiro estreante será Yuji Ide. Ao lado de Takuma Sato, fará parte da primeira formação totalmente japonesa da Fórmula 1 na nova Super Aguri, fundada por Aguri Suzuki.

Ide terá uma parada dura. Ele pilotou um carro de Fórmula 1 pela primeira vez na vida a menos de um mês do começo da temporada. Seu primeiro teste oficial foi em 22 de fevereiro, em Barcelona.

Aos 31 anos, será o piloto com menos quilometragem no grid. E a equipe não deverá ser competitiva.

“Será um ano muito de muito ânimo e desafio”, disse.

Fonte: Reuters