O norte-americano Phill Hill faleceu nesta quinta-feira (28/08), aos 81 anos. Hill sofria do mal de Parkinson desde 2003, e estava internado em um hospital da cidade de Salinas, na Califórnia, nos EUA.
Hill nasceu no dia 20 de abril de 1927, em Miami, e depois de despontar nas pistas norte-americanas foi para a Europa no inicio dos anos cinqüenta. Estreou na F-1 no GP da França de 1958, em um Maserati da equipe do também piloto Jo Bonnier. Naquele mesmo ano já estava na Ferrari, conquistando dois terceiros lugares, na Itália e Marrocos.
Em 1959 foram dois segundos, França e Itália, e um terceiro, na Alemanha, terminando 4º no campeonato. A primeira vitória veio junto com a primeira pole-position, no GP da Itália de 1960.
1961 foi o seu melhor ano, com a conquista do tÁtulo mundial. A taça veio com uma tragédia envolvendo o seu companheiro de equipe, o alemão Wolfgang Von Trips, que liderava o campeonato. No GP da Itália Von Trips sofreu o maior acidente da história da categoria, quando voou com sua Ferrari, após um toque na Lotus do escocês Jim Clark. O carro caiu em cima do publico, matando além do piloto, treze espectadores. A vitória na prova deu o tÁtulo a Hill, por um ponto. Ele também venceu na Bélgica, conquistando cinco poles consecutivas.
Com a Ferrari 156 desatualizada, em frente aos novos carros ingleses, a temporada seguinte foi decepcionante. Depois de três pódios, um segundo e dois terceiros, nas três primeiras provas do ano, os resultados sumiram, com Hill insatisfeito e deixando a equipe após a etapa de Monza. No GP dos EUA ele pilotou, nos treinos, o Porsche de Bonnier.
Hill se juntou a um grupo de ex-funcionários da Ferrari, que fundaram a ATS, disputando a temporada de 1963 pela nova equipe. Os resultados foram péssimos, com apenas um GP concluÁdo, em seis disputados.
Com a trágica perda do jovem australiano Tim Mayer, irmão do ex-dono da McLaren Teddy, em um acidente no começo de 1964, a Cooper chamou Hill para ser o piloto da equipe. Com o fraco modelo T73 ele marcou apenas um ponto no mundial.
A última aparição de Hill em um GP foi em Monza, 1966. Ele não classificou o Eagle para a prova.
Foram 48 GPs disputados, com três vitórias, seis poles-position, seis melhores voltas, marcando 98 pontos.
No ano seguinte, após disputar a Can-Am pela Ford, Hill encerrou a carreira, passando a escrever artigos em jornais e revistas.
Além do tÁtulo da F-1 Hill venceu por duas vezes Á s 24 horas de Le Mans, em 1953 e 1967, sendo um dos melhores pilotos de carros protótipos nos anos 50 e 60.
Ele é até hoje o único piloto nascido nos EUA a vencer o Mundial de F-1. Mario Andretti, campeão de 1978, pela Lotus, nasceu na Itália.
Hill deixa a esposa, Alma, duas filhas e um filho, Derek, que se tornou piloto. Ele foi campeão da Barber Dodge Pro Series em 1997. Passou depois pela F-3000 Internacional, F-Atlantic, Grand-Am.