Cinco meses após o anúncio da renovação da parceria com a Ferrari, a Philip Morris divulgou o objetivo que vai nortear o novo perÁodo de relacionamento. De forma surpreendente, o foco será exclusivamente na promoção de alternativas cientificamente fundamentadas e menos prejudiciais que os cigarros. As informações são do site britânico Sport Industry.
“Queremos dar aos 1,1 bilhão de homens e mulheres do mundo que fumam a oportunidade da informação e de fazer escolhas melhores. Estamos empenhados em usar todos os recursos disponÁveis, incluindo nossas atividades relacionadas ao automobilismo, para acelerar a dinâmica desta mudança revolucionária em benefÁcio das pessoas que fumam, da saúde pública e da sociedade em geral. Agradecemos profundamente o apoio da Scuderia Ferrari nesta causaâ€, declarou o CEO da Philip Morris, André Calantzopoulos.
De acordo com a publicação britânica, o objetivo da renovação da parceria será avançar na causa por “um mundo livre do fumoâ€. Segundo a imprensa italiana, essa é a prova de que a Philip Morris continua enxergando grandes oportunidades no relacionamento com a Ferrari, apesar das restrições publicitárias.
Para especialistas em relações comerciais, desde que houve a proibição de propagandas de tabaco na Fórmula 1 em 2007, a parceria Ferrari-Philip Morris tornou-se também uma das mais singulares. Nos últimos dez anos, não houve mais nenhuma referência explÁcita ao cigarro, e a única exigência é que os carros continuem sendo nas cores vermelha e branca da marca Marlboro, as mesmas da escuderia.
Entre 2007 e 2010, a empresa ainda fez uma tentativa de propaganda implÁcita. À época, a Ferrari corria com a ilustração de um código de barras nos carros que, em conjunto com a cor vermelha, fazia lembrar o pacote de cigarros, numa espécie de mensagem subliminar da marca. Após a ordem da Fórmula 1 para retirar a ilustração, nunca mais a Philip Morris tentou nada do gênero.
Vale lembrar que a parceria entre Ferrari e Philip Morris, por meio da marca Marlboro, é uma das mais vitoriosas da história da Fórmula 1. Ainda com o logotipo do cigarro no carro, a escuderia conquistou, por exemplo, os tÁtulos de pilotos e construtores entre 2000 e 2004, todos com o alemão Michael Schumacher no cockpit.
A Philip Morris ainda divulgou que o novo contrato será válido até o final de 2021, o que aumenta para quase 50 anos a permanência da empresa na Fórmula 1. Os valores, no entanto, continuam sendo confidenciais.
Fonte: Máquina do Esporte