Quem assistiu aos primeiros treinos para o Grande Prêmio do Japão de Fórmula 1 nesta madrugada deve ter reparado que as coisas estão um pouco diferentes nos carros da Ferrari. Nos aerofólios traseiro e dianteiro, nas laterais, no halo e nos espelhos retrovisores dos dois monopostos pilotados por Sebastian Vettel e Kimi Raikkonen, dá a impressão de ter surgido um novo patrocinador. Só que a marca, no entanto, é uma velha conhecida da escuderia.
Trata-se da campanha “Mission Winnowâ€, da Philip Morris, dona da marca Marlboro que por tantos anos estampou o carro da equipe mais tradicional da Fórmula 1. Desde que começou a proibição Á s propagandas de tabaco na categoria em 2007, a Philip Morris mantém o patrocÁnio Á Ferrari, mas não pÁ´de mais colocar a marca em lugar nenhum.
O objetivo, no entanto, é exatamente o inverso do que sempre foi. O foco da multinacional é exclusivamente na promoção de alternativas cientificamente fundamentadas e menos prejudiciais que os cigarros. Esse é o objetivo da “Mission Winnowâ€, que, coincidentemente ou não, tem como logotipo um “M†bem parecido com o da marca Marlboro.
“Estamos empenhados em fazer algo muito dramático: substituir cigarros por produtos livres de fumaça. É a maior mudança em nossa história e a mais acertada para nossos consumidores, nossa empresa, nossos acionistas e a sociedadeâ€, afirmou a Philip Morris, em comunicado.
“Vamos usar esta plataforma global como uma janela para o novo conceito da Philip Morris de desafiar o preconceito, porque sabemos que há muitas pessoas que podem ter dúvidas sobre nós e nossos motivos. Nossa parceria com a Ferrari nos dá a oportunidade de falar sobre nós mesmos e alcançar um público mais amploâ€, acrescentou Andre Calantzopoulous, CEO da multinacional.
Para alcançar o objetivo, a empresa criou uma equipe especÁfica de mais de 400 profissionais, entre cientistas, engenheiros e técnicos. E foi arrojada na ativação da “nova marcaâ€. O “M†estilizado ou o próprio nome “Mission Winnow†aparecem não só nos aerofólios traseiro e dianteiro, nas laterais, no halo e nos espelhos retrovisores dos carros como também nos macacões e capacetes dos pilotos.
Praticamente todo o espaço utilizado fazia parte do contrato de patrocÁnio do Santander, que não foi renovado no final do ano passado por conta de uma mudança de estratégia do banco, que deixou a escuderia e a Fórmula 1 para se tornar patrocinador da Liga dos Campeões.
Fonte: Máquina do Esporte