Brasileiro já demonstra evolução do carro da Virgin em relação Á primeira prova da temporada.
Em sua segunda corrida na Fórmula 1, Lucas Di Grassi (Clear, Eurobike, Sorocred, Schioppa, Locaweb) foi capaz de mostrar a evolução da Virgin em relação Á etapa do Barein, na abertura da temporada. No GP da Austrália, disputado na madrugada deste domingo (28) no horário de BrasÁlia, o brasileiro abandonou na 26ª das 58 voltas da prova. No Barein, Di Grassi teve de deixar a corrida após o terceiro giro.
O problema na bomba de combustÁvel verificado nos dois carros da equipe no sábado durante o treino classificatório obrigou o time fazer a troca das peças no sábado Á noite. Por isso, tanto Lucas como seu companheiro de equipe Timo Glock foram obrigados a largar dos boxes.
A pista molhada no inÁcio da prova e o traçado do Albert Park foram as senhas para uma corrida completamente diferente da que foi vista há duas semanas. Várias disputas por posição, ultrapassagens – e até alguns acidentes – mantiveram a emoção em alta no GP, vencido por Jenson Button, da McLaren.
“A corrida foi boa, apesar de termos de largar dos boxes por causa do defeito na bomba de combustÁvel, que tivemos de trocar. Com a pista molhada, a primeira parte da prova foi normal, com o carro se comportando bem”, comentou Lucas. “Infelizmente, paramos um pouco mais tarde que os outros para fazer a troca para os pneus de pista seca e por isso perdemos algum tempo, mas tudo estava correndo bem”, narrou.
O ponto alto da corrida do brasileiro foi uma disputa pela 16ª posição com ninguém menos que o sete vezes campeão mundial de Fórmula 1 Michael Schumacher, na quinta volta da corrida. Com a pista parcialmente úmida, o piloto da Mercedes ultrapassou o VR-01 de Di Grassi, mas o estreante retomou a posição com uma manobra por dentro da curva seguinte – conhecida no jargão do automobilismo como “xis”.
“Ele teve de parar para trocar o bico do carro (Schumacher havia se envolvido em um acidente logo após a largada, na primeira curva com Fernando Alonso e Jenson Button) e tivemos uma boa disputa”, lembra. “Foi um bom começo, mas ainda temos muito o que fazer no carro para começar a disputar para valer com as outras equipes que já estão estabelecidas há mais tempo na F1”, analisou.
A razão do abandono de Lucas, na 26ª volta da corrida, foi um vazamento hidráulico. “Tudo parou de funcionar, e só deu para levar aos boxes”, disse. A equipe ainda passou bom tempo trabalhando no carro do brasileiro para tentar colocá-lo de volta na pista, mas o problema se mostrou severo o bastante para acabar com as chances de continuidade do carro número 25 na corrida. “Vamos encontrar o problema e resolvê-lo. Com certeza estaremos melhores na próxima corrida. São pequenos passos que talvez outras pessoas não possam ver, mas são grandes evoluções para nós, uma equipe estreante. Estamos trabalhando duro para melhorar nossa situação e tenho plena confiança de que iremos evoluir”, avaliou.
“Já melhoramos bastante em relação Á última corrida, mas ainda temos muito o que fazer para o carro terminar os GPs. Tivemos uma boa performance, e vamos passar a fazer corridas melhores assim que o problema de durabilidade se resolver”, concluiu Lucas.
A próxima etapa do Mundial de Fórmula 1 é o GP da Malásia, no circuito de Sepang, no dia 4 de abril.