A FIA reuniu o Grupo de Trabalho Técnico em Nürburgring, na Alemanha, para tratar das regras para 2010, após o acordo que pÁ´s fim ao teto orçamentário. O encontro contou com as três novas equipes Campos Meta, Manor GP e USF1. Mas serviu apenas para colocar em dúvida a anunciada paz na Fórmula 1.
Embora tenha concordado em desistir do teto orçamentário de US$ 65 milhões para 2010, a FIA manteve outras duas propostas de alterações nas regras. Uma delas define o peso mÁnimo dos carros em 620 kg. A outra estabelece uma meta de que os custos se reduzam ao patamar da década de 90 nos próximos dois anos.
Os representantes dos times da Fórmula 1 se recusaram a debater essas ideias. “As oito equipes da Fota foram convidadas a discutir suas eventuais propostas para 2010. Infelizmente, a discussão não foi possÁvel porque a Fota abandonou a reunião”, informou a FIA em um comunicado oficial.
A FIA declarou na terça-feira que as regras só poderiam ser alteradas se todas as equipes aceitassem de forma unânime. No entanto, depois do abandono Á reunião desta quarta, os representantes das equipes contestaram essa condição.
Em nota, a Fota declarou que não houve nenhuma exigência de acordo unânime na reunião de Paris em que foi definido o fim do teto orçamentário no mês passado. E deixou um aviso: “O futuro da Fórmula 1 está em risco”.
No mês passado, a associação das equipes ameaçou a criação de um campeonato paralelo Á Fórmula 1, hipótese que foi descartada depois que a FIA concordou em retirar a proposta do teto orçamentário para 2010. Mas a paz proclamada na ocasião volta a ser ameaçada com o novo impasse.
O acordo do mês passado em Paris já mostrava sinais de fragilidade quando o presidente da FIA, Max Mosley, reclamou que lÁder da Fota, Luca di Montezemolo, o chamava de ditador e estaria dançando sobre sua cova prematuramente.
Depois disso, Mosley resolveu voltar atrás e anunciar que seus planos de reeleição continuavam de pé, contrariando o que foi prometido na reunião que selou a “paz” com as equipes.
Fonte: UOL