A Fórmula 1 não está satisfeita com os treinos livres de sexta-feira. Após as primeiras sessões do GP da Austrália, quando os três mais rápidos foram pilotos de testes, os dirigentes se pronunciaram sobre idéias de mudanças.
Nos treinos do circuito de Albert Park, o campeão do mundo Fernando Alonso registrou somente o quinto melhor tempo, enquanto Michael Schumacher foi o sexto, com as melhores marcas registradas por Anthony Davidson, Alexander Wurs e Robert Kubica, todos pilotos de testes.
Com a regra de motores da categoria, quando cada piloto tem uma unidade para cada duas corridas, os titulares resolvem poupar o material na sexta-feira, andando pouco e controlando a velocidade.
O diretor técnico da Renault, Pat Symonds, disse que os finais de semana de corrida deveriam ser cortados de três para dois dias, pois não vê propósito nos treinos livres de sexta-feira sem que equipes e pilotos possam dar tudo de si e do equipamento.
“Nós precisamos pensar mais lateralmente e perguntar a nós mesmos: Precisamos das sessões de sexta-feira?”, disse Symonds. “Pessoalmente sou a favor de ter dois dias de GP e usar a sexta para testes.”
Segundo o dirigente, ainda existe muita tradição na Fórmula 1, “e a idéia de que temos que ter três dias de competição”. “Levou anos para que percebêssemos que, na verdade, não precisamos de duas sessões classificatórias, ou coisas assim.”
Outras idéias
Para o diretor técnico da Williams, Sam Michael, a melhor solução para essas duas sessões “mortas” seria a permissão para que as equipes utilizassem seus motores reservas, podendo, assim, assumir mais riscos.
“Poderia ser um dia de treinos livres de duas horas cada ou algo do tipo. Ou ainda poderÁamos ter um motor de testes, retomando o de corrida para o sábado”, explicou Michael.
Já Nick Fry, chefe da Honda, disse que preferiria usar a sexta-feira para eventos promocionais, onde os fãs teriam mais oportunidade para encontrar os pilotos.
“As equipes, na verdade, estariam lá, mas seria muito mais uma questão de exposição, dando ao público em geral mais acesso aos times”, disse Fry. “Acho que todos somos a favor de correr mais e testar menos, fazendo coisas que tenham mais apelo que aquelas que fazemos hoje.”