Tony Fernandes foi durante cinco anos um dos chefes de uma escuderia da Fórmula 1. Primeiramente ressuscitando a Lotus e depois com sua própria marca, a Caterham, o malaio dono da empresa Air Ásia não teve sucesso na categoria e nunca sequer teve um carro pontuando em Grandes Prêmios. Em entrevista a Rádio BBC, o empresário não escondeu a frustração com a experiência, mas afirmou não ter se arrependido, já que a ineficiência se deu por conta de “enganações†por parte da organização.
“Max Mosley (presidente da FIA na época) me prometeu que a categoria teria os custos reduzidos pela metade, visando uma maior competitividade e uma competição justa. O problema foi que isso nunca aconteceu e, de fato, as despesas só aumentaram. A situação se tornou insustentável e os problemas estão vindo a público agora. Todos estão vendo o que está acontecendoâ€, disse Fernandes.
A competitividade da Fórmula 1 é um dos temas que o ex-chefe de equipe discute com mais ênfase e acredita que se nada mudar, as equipes com menor valor para gastar estarão apenas completando o grid. “Lembro de Eddie Jordan que fundou sua própria equipe e poderia ter vencido corridas. Hoje, quem chega nessa dinâmica nunca vai ganhar um campeonato, porque sempre as mesmas equipes estão nas primeiras posiçõesâ€, ressaltou o presidente da Air Ásia. “O grande negócio chamado Fórmula 1 nunca dará oportunidade para bons pilotos, porque agora é preciso comprar um assento para pilotarâ€, completou.
Apesar de uma experiência ruim na categoria, Fernandes reconheceu que tudo foi muito válido e não se arrepende do que investiu. “Foi um desastre, porque não tive sucesso, mas dividi o grid com as grandes marcas e para mim isso bastou. Não é apenas o sucesso, mas investir no que você acredita. Apesar de em segundo plano, estive no mesmo lugar da Ferrari, McLaren, William e por esse motivo estive realizado enquanto o projeto durouâ€, afirmou Tony Fernandes.
Fonte: Gazeta Esportiva