F1: Confira uma análise técnica da pista de ValÁªncia

Circuito montado Á s margens do Mediterrâneo recebe nona etapa da temporada, além da quarta rodada dupla da GP2

Pela segunda vez na temporada 2010, a Fórmula 1 visita a Espanha. Neste final de semana (25, 26 e 27 de junho), a categoria máxima do automobilismo mundial disputará a nona etapa da temporada 2010, em um circuito montado nas ruas da cidade espanhola de Valência, dividindo as atenções do público com a Copa do Mundo da FIFA, na África do Sul.

A pista é de rua, mas, para os pilotos, parece não ser, apesar do belo visual dos prédios, do mar e do porto da cidade formarem o cenário da prova. “É uma mistura de circuito misto com um de rua, pois as retas são largas, as curvas são fechadas em sua maioria e existem boas áreas de escape, além do asfalto liso. É bem diferente de MÁ´naco, por exemplo”, afirmou o baiano Luiz Razia, piloto de testes da equipe Virgin Racing.

Presente no calendário desde 2008, o traçado montado Á s margens do Mar Mediterrâneo só teve vitórias brasileiras, com Felipe Massa e Rubens Barrichello _que somou o 100º êxito do paÁ­s na competição, no ano passado. Para conhecer mais as exigências do traçado de 5.419 metros nos principais setores do carro, confira uma análise técnica feita por Luiz Razia, que também estará presente na pista com a GP2, principal categoria de acesso Á  F-1:

Aerodinâmica
“Definitivamente, Valencia é uma pista difÁ­cil tecnicamente para o carro. É um circuito que exige uma alta pressão aerodinâmica para as curvas de “stop and go” (“apelido” dado para as curvas travadas), independente das longas retas. Como a maioria dos pilotos e equipes falam, é como a pista de Montreal, onde aconteceu a última corrida da F-1. Como no Canadá, precisamos esperar a pista melhorar para começar a procurar um bom acerto.”

Freios
“Apesar de contar com incrÁ­veis 25 curvas em seus 5.419 metros de extensão, sendo a maioria delas muito fechadas, com alguns hairpins e muitas de 90 graus, a dificuldade nos freios não se dá por questões de desgaste, mas por blocagem posterior.”

Motor
“Mesmo sendo um circuito de rua com muitas curvas, passamos muito tempo com o pé no acelerador, já que existem muitos setores de alta velocidade, principalmente no segundo setor da pista. Com isso, os propulsores consomem bastante pelo tempo gasto a fundo. Apesar de ser uma pista de rua, os carros chegam a atingir mais de 320 km/h.”

Pneus
“Para a F-1 não será um grande problema. Os pilotos não terão dificuldades para aquecer a borracha por causa do forte calor da região (a previsão é de 32 graus em média nos próximos três dias) e o desgaste será pouco, já que o asfalto é novo e não é muito abrasivo. No entanto, na GP2, teremos um desgaste maior, pois nosso composto é o macio, o quarto pneu diferente nesta temporada.”

A programação da F-1 em Valência é composta por dois treinos livres na sexta e um no sábado, todos exibidos ao vivo pelo canal por assinatura SporTV. A classificação, também no sábado, e a corrida, no domingo, estão marcadas para as 9h (de BrasÁ­lia), com transmissão ao vivo da Rede Globo.

Já a GP2 realiza um treino livre e uma classificação na sexta, com a primeira prova acontecendo Á s 10h40 do sábado. A corrida complementar, onde o grid de largada consiste do resultado da bateria anterior, mas com os oito primeiros saindo de forma invertida, será Á s 5h30. As duas terão exibição do SporTV.