Quando o regulamento da Fórmula 1 de 2017 foi anunciado, o objetivo era claro: tornar os carros 5s mais rápidos que a pole position do GP da Espanha de 2015. Essa conclusão veio depois de muitas reclamações dos pilotos e pesquisas que apontaram fãs insatisfeitos com os carros, que teriam ficado fáceis demais de serem pilotados.
As novas regras aumentaram o tamanho e a eficiência das asas, além da adoção de pneus maiores e com mais aderência. E os números divulgados recentemente pela Pirelli mostram que a meta foi cumprida. Os carros atuais foram 5s5 mais rápidos em Barcelona do que há dois anos. Nas 20 etapas do campeonato, a média foi de 4s5 em relação a 2015 e 2s3 na comparação com o ano passado.
A média é puxada para cima pelos 9s de melhora na Malásia, em grande parte em função da troca do asfalto em Sepang, mas a queda nos tempos foi uma realidade em todas as etapas, Á exceção de Monza. No circuito italiano, o ganho de velocidade veio nas curvas, enquanto os carros ficaram mais lentos de reta devido ao maior arrasto gerado justamente pelas asas e pneus maiores.
A diferença foi mais pronunciada nos EUA, na Hungria e na Grã-Bretanha: nos três casos as voltas ficaram mais de 5s mais velozes. Os números mais impressionantes são as velocidades alcançadas nas curvas, que são o maior diferencial dos carros de Fórmula 1 em relação aos demais. Na Copse, em Silverstone, os modelos de 2016 passavam a 260km/h, enquanto os de 2017 contornavam a curva em 290km/h. Na Eau Rouge, considerada a curva mais desafiadora do circuito de Spa-Francorchamps, na Bélgica, as velocidades subiram de 253km/h para 289km/h.
Com isso, vários recordes, muitos deles que vinham durando desde 2004, quando a Fórmula 1 teve sua geração mais veloz, com motores V10 e vários controles eletrÁ´nicos e apêndices aerodinâmicos permitidos, caÁram, e a expectativa é de que os tempos caiam ainda mais em 2018, quando a Pirelli promete fornecer compostos de pneus ainda mais macios.
Fonte: UOL Esportes