O presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, declarou ao jornal La Gazzetta dello Sport que se a regra de motor padrão fosse imposta pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA), a Fórmula 1 perderia todas as equipes sustentadas por montadoras, inclusive a Ferrari.
“Se um motor para todas as equipes fosse imposto, no mÁnimo quatro, talvez cinco equipes sairiam. E eu falo quatro ou cinco contando com a Ferrari”, informou o dirigente.
A proposta de motor padrão para todas as equipes foi derrubada. Mas as equipes independentes das montadoras poderão adquirir propulsores de um fabricante a ser definido pela FIA, provavelmente a Cosworth, a preços bem mais baixos.
O presidente da Ferrari declarou que o pacotão anticrise que a Fórmula 1 aprovou na última semana é uma demonstração de que o poder na categoria aos poucos está passando para as montadoras e saindo das mãos de Bernie Ecclestone (presidente da FOM, entidade que controla os interesses comerciais da categoria) e Max Mosley (presidente da Federação Internacional de Automobilismo).
Para Montezemolo, o fato de a proposta do motor padrão ter sido derrubada pelas equipes, apesar da possibilidade de imposição por Max Mosley, mostra que a entidade acusou o golpe da ameaça de debandada das montadoras.
“A crise talvez vá acelerar o processo de renovação. Conheço Bernie Ecclestone desde 1973 e acho que ele fez um grande trabalho. Mas há alguns anos, a divisão dos lucros era de 70% para ele e 30% para as equipes. Hoje, esta divisão está 50% para cada lado. Ainda temos o que fazer”, falou.
Fonte: Lancepress!