Copa Truck: Automobilismo se despede de Camilinho

Preparador e ex-piloto faleceu hoje vítima de câncer

Com o nome cravado na história do automobilismo brasileiro, Camilo Christófaro Júnior, carinhosamente conhecido como Camilinho, faleceu na manhã desta quarta-feira (21), vítima de um câncer descoberto no início do ano e que acabou afastando-o dos autódromo. O último trabalho de Camilinho foi com a equipe ASG Motorsport, na Copa Truck, onde era responsável por ajustes do “chão” dos caminhões, uma de suas principais habilidades.

“Deixa nossa equipe ainda mais triste. Perdemos dois de nossos grandes amigos e profissionais. Na etapa disputada em Interlagos montamos uma sala especialmente para ele poder ficar, mas ele não teve condições de estar presente onde mais gostava”, lamenta Roberval Andrade. Em pouco mais de um mês, a equipe sofreu com as partidas do chefe dos mecânicos, Antônio Boff, com o irmão e cunhada do piloto Jaidson Zini no acidente aéreo em Vinhedo e, agora, com o falecimento de Camilinho.

Na próxima semana, o time disputa a etapa de Cascavel e todos serão homenageados nos caminhões.

Histórico
Filho de Camillo Christófaro, uma lenda nas pistas, Camilinho seguiu os passos do pai, consolidando-se como uma figura de destaque no cenário nacional. Por conta do apelido do pai – Lobo do Canindé – Camilinho logo virou Lobinho. Influenciado pelo pai, vencedor das Mil Milhas Brasileiras em 1966, ele mostrou talento no cockpit.

Porém, logo descobriu que se daria melhor do lado de fora das pistas, e iniciou o trabalho em oficinas com a preparação de motores, amortecedores e outros componentes essenciais a boa performance de um carro.

Assim, Camilinho escreveu sua história em competições como a Stock Car, Fórmula Truck e atualmente na Copa Truck, alcançando resultados expressivos. Sua carreira foi marcada pela perseverança, respeito pelo esporte e uma ligação inquebrável com as tradições que seu pai estabeleceu.

Seu talento na preparação, calibração e acertos de carros de corrida, ficou marcado nas inúmeras equipes que trabalhou e nos pilotos que ajudou a forjar nesses anos todos, todos chamados de “sócio”. As razões são simples: não confundir nomes com o grande número de cliente e uma forma de agradecimento por estarem ajudando a “colocar comida em casa”.