Na estreia do Velopark, Cássio Homem de Mello foi uma das vÁtimas das confusões nas curvas estreitas do traçado.
O fim de semana foi de muito trabalho para Cássio Homem de Mello e a equipe Vogel Motorsport na segunda etapa da Copa Chevrolet Montana, disputada neste domingo (02), no recém inaugurado Autódromo do Velopark, na cidade de Nova Santa Rita (RS). Apesar das dificuldades habituais de um circuito desconhecido, o piloto andou bem nos treinos livres, mas sofreu com problemas de motor, que prejudicaram seu desempenho no treino de classificação, e um acidente que encurtou sua corrida.
“Eu gostei do traçado, até porque fui bem em quase todos os treinos. Mas, para a corrida, é bem difÁcil, a pista é realmente muito estreita, e as curvas, fechadas. PoderÁamos ter brigado pela pole position, mas, largando de trás, sabia que não ia ser fácil, são muitos carros. Era de se esperar que acontecessem muitos acidentes, e tanto a corrida da Stock quanto a da Montana foram marcadas pela entrada do Safety-Car”, analisou o piloto. “Eu acabei ficando em um acidente causado por outros pilotos, em que não tive como frear. Isso acabou não só com a minha corrida, como com a de mais uns três pilotos”, completou.
Apesar do bom desempenho nas atividades, Cássio lidou com problemas de motor desde o treino extra de quinta-feira (29). No dia seguinte, após mais duas sessões de práticas, o piloto e a equipe decidiram trocar o motor. “No treino de sábado de manhã, quando estava frio, o motor respondia bem. Não igualou a média da categoria, mas era melhor do que o anterior”, explicou o piloto, que marcou o segundo tempo no terceiro treino livre. “Já na classificação, o tempo estava um pouco mais quente, e o motor perdia muito rendimento com isso. A cada volta que eu dava, ele passava praticamente 1 km/h mais lento na reta. Na minha volta mais rápida, meu motor passou 9 km/h mais lento que meu companheiro de equipe”, disse. O piloto do carro número 43 largou em 19º.Â
Após a classificação, a equipe optou novamente por trocar o motor. “Conversamos muito e vimos que o problema não tinha sido o acerto e nem a volta em si. Apresentamos os dados da telemetria para o Zequinha, da JL Racing — empresa responsável pelo chassi e motores da categoria –, e ele nos aconselhou a trocarmos de novo o motor, pois aquele estava realmente muito fraco. No domingo, nas voltas de boxes abertos, o motor parecia corresponder bem, mas só poderÁamos comprovar esse desempenho durante a corrida”, afirmou Cássio.
O piloto ainda elogiou o novo autódromo brasileiro. “O complexo do Velopark é excelente, de primeiro mundo, não temos algo parecido em nenhum lugar no Brasil. A organização, limpeza, estacionamento, é tudo impecável. Tive a oportunidade de dar uma olhada rápida no kartódromo, e é incrÁvel”.Â
Homem de Mello confia no desenvolvimento do projeto para a etapa do Rio de Janeiro, que acontece no dia 23 de maio, no Autódromo de Jacarepaguá. “É a casa da equipe, eles conhecem bem o circuito. Espero manter o trabalho que estamos fazendo até aqui, já que estivemos entre os cinco primeiros em quase todos os treinos, variando somente pelas condições dos pneus. Vamos trabalhar essa semana para que os problemas de motor não se repitam no Rio”, concluiu.