A Corte Distrital de Tóquio prorrogou por mais 10 dias a prisão preventiva do presidente e CEO da Aliança Renault-Nissan, o brasileiro Carlos Ghosn, que é acusado de fraude fiscal.
O executivo foi detido na última segunda-feira (19), na capital do Japão, em meio a uma investigação por supostas falsificações em suas declarações de renda e pelo uso pessoal de ativos da Nissan. O norte-americano Greg Kelly, diretor da empresa, também foi preso.
Segundo a agência “Kyodo”, suspeitos podem ficar presos no Japão por até 20 dias sem uma denúncia oficial. Ghosn teria subnotificado US$ 44,6 milhões em rendimentos entre 2011 e 2015, de acordo com os procuradores do caso. Ele arrisca pegar até 10 anos de cadeia.
A Nissan já anunciou que demitirá Ghosn do cargo de presidente de seu conselho de administração. Já a Renault o manteve oficialmente como CEO por enquanto, mas nomeou o diretor de operações Thierry Bolloré para exercer suas funções interinamente.
Ghosn, 64 anos, é tido como o responsável por salvar a Nissan da falência no inÁcio da década de 2000 e foi CEO da montadora japonesa entre 2001 e 2017. A partir de 2005, foi simultaneamente CEO da Renault, liderando as duas companhias, que hoje formam uma aliança também com a Mitsubishi Motors.
Fonte: Ansa – Brasil