Reunião com presidentes das Federações Estaduais deu mais um passo para a unificação dos regulamentos da categoria mais popular do Brasil
Nestor Valduga, presidente do Conselho Técnico Desportivo Nacional (CTDN), e o presidente da Comissão Nacional de Velocidade (CNV), Waldner Bernardo, se reuniram no Rio de Janeiro (RJ) na última sexta-feira (19) com presidentes das federações estaduais de EspÁrito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo para o passo definitivo na unificação dos regulamentos dos campeonatos regionais de Marcas.
O intuito é deixar a categoria mais viável do automobilismo brasileiro ainda mais interessante para os promotores, federações, pilotos e equipes. “Essa é uma bandeira levantada no primeiro mandato do presidente Cleyton (Pinteiro), e agora estamos fazendo uma adequação de todos os regulamentos regionais para que haja uma única regulação para todos”, explica Valduga.
A proposta é que, com o novo regulamento, exista um intercâmbio maior entre pilotos e equipes que participam da categoria mais popular do PaÁs. “Queremos facilitar a participação de pilotos da categoria em provas de outros estados e com a expectativa de participar do Festival de Marcas 1.600 no fechamento da temporada de cada ano”, lembra Bernardo.
Os dois últimos Festivais de Marcas 1.600 foram realizados em Guaporé, no Rio Grande do Sul, estado em que as corridas de Marcas reúnem um grid sempre grande, mas que pilotos de outros estados não participam porque seus carros não seguiam o regulamento utilizado naquele estado.
“Nosso campeonato de Marcas é muito concorrido e temos pilotos de vários estados, como São Paulo, Paraná e Santa Catarina. A necessidade dessa equalização vem de longe e é muito bem-vinda”, lembra Carlos de Deus, que já realizou provas do Festival de Marcas 1.600 no circuito de Tarumã com 64 carros no grid.
“Com o mesmo regulamento para todas as Federações, com certeza teremos maiores grid e poderemos inclusive organizar torneios entre estados”, comemora José Ney Lins, presidente da Federação Goiânia de Automobilismo (FGA), e que promove 16 provas de Marcas por temporada, onde correm pilotos do Espirito Santo, Paraná, Rio de Janeiro e Minas.
Ney Lins e Robson Duarte, presidente da Federação de Automobilismo do Estado do EspÁrito Santo (FAEES) estão trabalhando em um projeto para um torneio da categoria entre vários estados.
Para o presidente da Federação Mineira de Automobilismo (FMA), Pedro Sereno, que este ano inaugura o Circuito dos Cristais, em Curvelo, a categoria de turismo sempre foi uma das preferidas dos pilotos mineiros. “Nossos pilotos já ganharam muito tÁtulos de Marcas em outros estados e agora poderão ganhar em casa correndo em Curvelo”, se orgulha o presidente Sereno.
Em São Paulo, pilotos e equipes comemoraram durante mais uma etapa do Campeonato Paulista no último final de semana (20 e 21). “Demos um grande passo e o próximo encontro vamos reunir os comissários técnicos de cada estado para dar um toque final na unificação do regulamento. São poucos itens a serem unificados, mas precisam ser bem definidos”, conta o presidente da Federação de Automobilismo de São Paulo (FASP), José Aloizio Cardoso Bastos.
O mesmo pensamento é compartilhado pelo presidente da Federação Paranaense de Automobilismo (FPrA), Rubens Gatti, que todos os anos organiza a Cascavel de Ouro, prova que reúne os participantes dos torneios de Marcas realizados em Curitiba, Cascavel e Londrina. “Na última prova, tivemos depois de três horas de corrida, cinco carros na mesma volta sendo quatro de marcas diferentes”, lembra Gatti.
Para Cleyton Pinteiro, presidente da CBA, os campeonatos estaduais de Marcas representam o caminho mais viável para estreantes, por terem um custo baixo e serem uma categoria escola. “Os campeonatos regionais abastecem o automobilismo brasileiro, e a participação das Federações é sempre muito importante. Os Estaduais de Marcas animam os autódromos nos finais de semana. Agora estarão ainda mais fortes”, comemora Pinteiro.