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Deveriam ser quatro horas de pilotagem, tempo suficiente para que Bruno Junqueira (Banco Rural/RM Sistemas/Telemont/Grupo A & C) se acostumasse a todos os segredos das provas de endurance, como a necessidade de acelerar poupando o equipamento, as trocas de pilotos e o desafio de acelerar em meio ao tráfego. Deveriam, já que a estréia do mineiro nas 12h de Sebring, prova de abertura da temporada da American Le Mans Series durou apenas três voltas. Motivo de preocupação para a equipe Multimatic Motorsports desde a bandeira verde, a caixa de câmbio do Panoz Esperante GTLM de número 51 acabou não resistindo e quebrou quando Bruno iniciava seu primeiro turno na pista da Flórida. A essa altura, o carro ocupava a terceira posição na categoria GT2 (carros GT produzidos em série com chassis de aço ou alumÁnio e e motores aspirados de até 8.000cc, ou turbo 4.000cc), mesma posição da largada. O desempenho dos companheiros de time do mineiro fazia prever uma luta emocionante por um lugar no pódio, já que, nas primeiras três horas de corrida, a distância entre os lÁderes era de poucos segundos.
Mesmo com o problema na transmissão, que levou o time a recomendar uma pilotagem mais cautelosa, Gunnar Jeannette e Tom Milner, os dois primeiros a entrar na pista com o Panoz 51, mantiveram um ritmo competitivo. Bruno iniciou seu turno na 68ª volta, Á s 13h15 (de BrasÁlia) e, na única oportunidade de uma volta lançada, registrou 2min06seg95, ótima marca levando-se em conta que o carro estava com o tanque cheio. Na 71ª passagem, o temor da equipe acabou se confirmando e, sem poder engatar as marchas, o mineiro foi obrigado a encostar e abandonar a prova.
A curta experiência deixou, além da decepção por não ter completado Á s 12 horas de desafio, um gostinho de quero mais. Ao longo da semana, Bruno completou apenas 34 voltas e, mesmo com a pouca experiência, chamou a atenção de veteranos neste tipo de prova. Agora, não descarta repetir a dose, embora sua prioridade seja o campeonato da F-Mundial, com a Newman-Haas, atual bicampeão da categoria.
“Foi uma pena ter andado tão pouco, mas valeu pelo aprendizado. A experiência foi muito interessante e, se tiver chance, pretendo repeti-la, de preferência com um pouquinho mais de sorte. São coisas de corrida e acontecem em qualquer categoria”, destacou. Na terça, Bruno estará de volta ao circuito, desta vez para retomar a preparação para o GP de Long Beach, primeira parada do calendário da F-Mundial, em 9 de abril. Na quarta e na quinta, ele estará novamente comandando seu Lola/Cosworth de número 2. “De inÁcio acredito que vá estranhar um pouco voltar a andar sem o teto, mas é uma sensação normal e logo estaremos concentrados em buscar o melhor acerto para a temporada”.