Fórmula-1: Steiner explica escolha por Hulkenberg: “Precisamos de alguém para nos carregar”

 

Nico Hulkenberg, de 35 anos, foi o escolhido para substituir Mick Schumacher, de 23, e ser o companheiro de Kevin Magnussen na Haas em 2023. Embora contestada, a escolha teve um motivo, que foi explicado por Guenther Steiner, chefe da escudeira norte-americana.Â

Para o dirigente, a equipe precisa de alguém para carregá-la em alguns momentos. Em 2022, o jovem alemão marcou 12 pontos no campeonato, 13 a menos que Magnussen, que fez 25 e chegou a conquistar uma histórica pole position para a sprint race no Brasil.

“Somos a equipe mais nova e nos últimos dois anos perdemos um pouco do nosso Á­mpeto quando a pandemia chegou, e assim por diante. Então, é uma questão de como podemos trazer a equipe de volta para onde queremos, como em 2018 e talvez até 2019. Mick fez um bom trabalho, mas precisávamos carregá-lo, e precisamos de alguém para nos carregar um pouco”, disse o chefe da Haas.

A escuderia norte-americana também foi criticada pela demora para anunciar Hulkenberg no lugar de Schumacher, fazendo com que o jovem alemão não tivesse tempo de buscar vaga em outras escuderias.

“Esperamos muito tempo, porque não estava claro… O mercado seguiu nosso caminho e ninguém realmente escolheu [Hulkenberg]. Então, esperamos um pouco mais do que se faz normalmente. Mas acho que este é o melhor momento que podemos fazer para que a equipe suba onde queremos estar”, explicou.

A última temporada de Mick pela Haas foi positiva para a equipe. Diferentemente de 2021, quando acabou o ano sem pontuar, a escuderia fechou 2022 com 37 tentos somados.

“Se você pensar no que fizemos do ano passado para este, quando demos um bom passo. Não foi estável, estamos para cima e para baixo o tempo todo, mas acho que é quando você compara onde estávamos para voltar a lutar com os grandes”, continuou Steiner.

O péssimo desempenho no ano passado pode ser explicado pela paralisação das atividades em 2020 por causa da pandemia da covid-19 e da formação ser composta por dois jovens pilotos, Schumacher e Nikita Mazepin. Agora, a escuderia espera finalmente dar um passo Á  frente em relação aos rivais.

“Se eu pensar em 2021, quando recomeçamos depois de 2020, onde realmente fechamos a empresa e desaceleramos tudo. Eu encarreguei Simone Resta de reconstruir nossa equipe técnica. Você não pode fazer isso em dois meses, mas ele fez um trabalho fantástico, trouxe as pessoas de volta, e realmente começamos a nos desenvolver apenas no final de abril. Nós desenvolvemos, mas não a todo vapor, então acho que este ano estamos mais em um caminho normal. TÁ­nhamos uma equipe técnica completa para o carro do próximo ano, por isso, espero dar o próximo passo”, completou.