Perfeito durante todo o final de semana, piloto da One Racing Energy abandona quando estava na liderança
Um acidente com o piloto italiano Celestino Vietti durante o warm-up da primeira etapa do Campeonato Mundial de Moto2, neste domingo (2), obrigou os organizadores a adiar a prova de abertura do Mundial de Moto-E das 9h para as 14h30 (horários de BrasÁlia). E esta mudança acabou alterando também o equilÁbrio de forças na primeira etapa da categoria das motos elétricas. Com a região da Andaluzia, onde se localiza o circuito espanhol de Jerez de la Frontera, ainda no pico do calor do dia, a aderência do asfalto diminuiu bastante e acabou surpreendendo todo o grid da Moto-E.
Nas oito voltas da prova, foram registrados diversos tombos, derrapadas e acidentes, em uma sequência que tirou da corrida alguns dos principais nomes da competição, como o brasileiro Eric Granado, que largou da pole e liderava a prova já com alguma vantagem no momento da queda. Outra vÁtima importante foi o alemão Lukas Tulovic, da equipe Tech 3 E-Racing, que duelou pela pole com Granado nos treinos do sábado, largou em segundo e também abandonou por acidente.
No final da última volta, o suÁço Dominique Aegerter (equipe Dynavolt Intact GP), principal rival de Granado durante toda a pré-temporada, “salvou†uma queda praticamente certa ao derrapar na curva seis quando tentava dar um bote sobre o italiano Alessandro Zaccone (equipe Octo Pramac Moto-E), que acabaria vencendo a corrida. Em entrevista após a corrida, Aergerter admitiu o alÁvio por ter controlado a moto e garantido assim pontos para o Campeonato Mundial.
Peso versus aderência –O peso excessivo do modelo Energica Ego Corsa (260kg, cerca de 90kg a mais do que um modelo da MotoGP) e o efeito do calor sobre a combinação pneus/asfalto mudou totalmente o panorama esperado pelos pilotos. “A pista mudou muito em relação ao que todos imaginavam até a largada. Estava mais quente, mais lenta (com menos aderência), mais difÁcilâ€, resume Granado.
“Em uma frenagem na quarta volta eu apoiei a roda dianteira como vinha fazendo sempre, imaginando que a moto iria manter o comportamento, mas não havia aderência suficiente e isso acabou causando a queda. Foi erro meu e estou muito chateado comigo mesmo. A gente tinha condição de brigar hoje no mÁnimo pelo pódio e, pelo que parecia até então, talvez pela vitória. Peço desculpas Á equipe, aos fãs que torcem por mim e aos patrocinadores que me apoiam no Mundialâ€, declarou o brasileiro, que ainda conseguiu levantar a pesada moto e voltar Á corrida, terminando na 13ª posição.