Mesmo sem nunca ter conquistado o tÁtulo, o britanico foi um dos maiores nomes da história da F-1.
O ex-piloto britânico Sir Stirling Crawford Moss, OBE, faleceu neste domingo (12/04) aos 90 anos, depois de uma longa doença.
Filho de um dentista, eu tentou ser piloto profissional (Alfred Moss chegou a disputar as 500 Milhas de Indianapolis em 1924 e 1925 enquanto estudava nos EUA), Moss despontou para o automobilismo aos 20 anos, ao vencer o primeiro GP de MÁ´naco de F-3, em 1950.
No ano seguinte estreou na F-1, no GP da SuÁça com um HWM. Competiu nos dois anos seguintes pela ERA Ltd e Cooper, sem resultados de destaque.
Em 1954, primeiro do novo regulamento de motores cm 2,5 litros, seu pai, desiludido com a falta de oportunidades do filho em equipes maiores, decidiu montar a própria estrutura. Comprou uma Maserati 250F, que ficou a cargo do lendário mecânico Alf Francis.
Com a 250F privada Moss desafiou os carros de fábrica, alinhando entre os primeiros nos GPs. E terminando na terceira posição no GP da Bélgica. Com as ótimas atuações a Officine Alfieri Maserati convidou Moss para integrar a equipe oficial, naquele mesmo ano.
No ano seguinte, já uma estrela em ascensão, Moss foi contratado pela Mercedes. Formando uma dupla quase imbatÁvel com o argentino Juan Manuel Fangio, e a fabulosa Mercedes W196. Moss venceu alinhou na pole e venceu o GP da Grã-Bretanha. Sendo vice-campeão pela primeira vez.
Voltou para a Maserati em 1956. Foram duas vitórias, nos GPs de MÁ´naco e Itália. E novamente o vice-campeonato.
Contratado pela Vanwall em 1957, Moss venceu três vezes: GPs da Grã-Bretanha (o primeiro de um piloto britânico e um carro britânico na F-1), Pecara e Itália. Sendo pelo terceiro ano consecutivo vice-campeão, atrás de Fangio.
Em 1958, com o espetacular Vanwall VW5, Moss lutou ponto a ponto pelo tÁtulo, com o compatriota Mike Hawthorn, da Ferrari. Venceu quatro vezes, os GPs da Argentina (este com um Cooper T43 da Rob Walker Racing Team, a primeira de um carro mid-engine na F1, pois a Vanwall não viajou para Buenos Aires), Holanda, Portugal e Marrocos.
E foi justamente em Portugal, que Moss revelou toda a sua esportividade. Hawthorn havia sido desclassificado do segundo lugar, mas um depoimento de Moss, em defesa do rival, foi determinante para o cancelamento da punição. Hawthorn acabou sendo campeão com um ponto de vantagem. Serio o quarto e último vice-campeonato de Moss.
Contratado pela Rob Walker Racing em 1959, Moss venceu os GPs de Portugal e Itália, com um Cooper T51. Guiou também um BRM P25, da equipe de seu pai, a BRP (British Racing Partnership) em dois GPs (sendo segundo na Grã-Bretanha).
Em 1960 a Rob Walker Racing Team passou a competir com os Lotus 18. Moss venceu em MÁ´naco, a primeira vitória de um lotus na F-1. E novamente nos EUA.
No ano seguinte seria o seu último na F-1. Com o Lotus (modelos 18, 18/21 e 21), Moss venceu novamente em MÁ´naco (a famosa vitória onde retirou os side panels da Lotus 18). Sua última vitória aconteceu no GP da Alemanha. No GP da Grã-Bretanha Moss guiou o Ferguson P99, primeiro carro 4WD da F-1.
Em abril de 1962 Moss sofreu um gravÁssimo acidente no Glover Trophy, prova extracampeonato de F-1. Com um Lotus 18 da BRP. O piloto sofreu vários ferimentos chegando a ficar em coma. Foram seis meses hospitalizado.
Recuperado ele chegou a testar um Lotus. Mas achou que não seria mais rápido como antes. E decidiu encerrar a carreira. Ele voltou a competir, de forma eventual, em provas de rally, (onde sua irmã Pat Moss foi uma das estrelas na década de 1960), turismo e históricos. Se aposentou oficialmente apenas em 2011, aos 81 anos.
Na F-1 foram 16 vitórias em 66 GPs. 24 pódios, 16 pole e 19 voltas mais rápidas.
No total Moss disputou 529 provas em diversas categorias, com 212 vitórias. Entre as principais vitórias fora da F1 estão o GP de F-3 de 1950, a 12 Horas de Sebring de 1954, a Mille Miglia de 1955, Targa Florio 1955 e 1000 Km de Nurburgring em 1958.