A temporada 2019 foi de mudança de rumos e novos desafios para Augusto Farfus nas pistas. Junto com a BMW – por quem corre há 13 anos -, o brasileiro deixou o DTM para focar num calendário de provas de longa duração. Assim, o ano foi de muitos quilÁ´metros percorridos dentro e fora dos autódromos, com participações nas principais corridas do automobilismo mundial. No último sábado (23), Augusto fechou a temporada com a BMW, conquistando o 7º lugar nas 9 Horas de Kyalami, na África do Sul, em disputa válida pelo Intercontinental GT Challenge.
Por esse mesmo certame, Farfus passou por outros quatro continentes. Na Austrália, disputou as 12 Horas de Bathurst e depois as 8 Horas de California, nos Estados Unidos – terminando no top-5 em ambas. Na sequência, a tradicional 24 Horas de Spa-Francorchamps, e também as 10 Horas de Suzuka, onde marcou a pole position da prova.
Além dessas, Augusto abriu o ano com uma vitória muito especial nas 24 Horas de Daytona. Convocado de última hora pela BMW para a disputa, o brasileiro teve papel determinante com uma grande performance sob fortes chuvas, para ajudar o quarteto formado por Connor De Phillippi, Philipp Eng and Colton Herta a garantiu o triunfo.
Ainda no começo do ano, Farfus disputou também as últimas provas da Super Temporada 2018/2019 do Campeonato Mundial de Endurance (WEC). Ele correu as 1000 Milhas de Sebring, nos Estados Unidos, bateu na trave do pódio com o 4º lugar nas 6 Horas de Spa-Francorchamps e a lendária 24 Horas de Le Mans.
Na sequência – literalmente em finais de semana consecutivos -, ele ainda disputou as 24 Horas de Nürburgring, no desafiador traçado de Nordschleife, onde uma batida de um de seus companheiros acabou tirando a equipe mais cedo da prova, uma das favoritas de Farfus, onde ele foi campeão em 2010.
Ao todo, foram quatro provas de 24 Horas, uma de 12h, uma de 10h, uma de 9h, duas de 8h e uma de 6h, completadas a bordo de dois carros diferentes, a BMW M8 GTE, com a qual ele disputou as provas do WEC, e com a BMW M6 GT3 nos outros campeonatos. Assim, o curitibano fez um balanço muito positivo de sua temporada, já esperando pelos próximos desafios em 2020 com a montadora bávara.
Antes de um descanso total para férias, Augusto ainda tem mais um compromisso nas pistas neste ano, na disputa da 10ª etapa do FIA WTCR – que disputou paralelamente neste ano pela Hyundai -, entre os dias 13 e 15 de dezembro, na Malásia.
Augusto Farfus:
“Finalizamos o ano com a BMW em Kyalami, e foi uma prova muito dinâmica, em que andamos na frente, andamos atrás, e foi uma pena que a gente não conseguiu concretizar o resultado que merecÁamos. Nosso carro era muito bom, mas arriscamos uma estratégia que não deu muito certo. Estava em 1º faltando cerca de 30 min, mas tivemos que fazer um pit-stop e isso nos deixou em 7º.
E ano foi mais ou menos assim, estivemos sempre com performances boas, sempre no top-10, mas faltou um resultado mais expressivo. Foi uma pena, acho que o conjunto merecia mais, mas faz parte de uma temporada tão intensa. Agora vamos trabalhar para o ano que vem, tem muitas coisas boas vindo, logo vamos anunciar as provas que vamos participar. Mas antes disso, ainda tenho a final do WTCR, na Malásia, com a Hyundaiâ€.