O italiano Renzo Zorzi faleceu no sábado (15/05), aos 68 anos, após um perÁodo doente.
Nascido em Ziano di Fiemme, na região de Trentino, no dia 12 de dezembro de 1946 (mesmo dia e ano do bicampeão Emerson Fittipaldi), Zorzi começou a carreira em 1972, nas provas de F-3.
Em 1975, venceu o prestigiado GP de MÁ´naco de F-3, pilotando um GRD. No mesmo ano estreou na F-1, no GP da Itália. No Williams FW03, da então fraca Frank Williams Racing Cars, Zorzi alinhou na 22ª posição. Recebeu a bandeirada em 14 (com seis voltas de atraso.
No ano seguinte, disputou o GP do Brasil pela Wolf-Williams. Com o fraco equipamento, Zorzi fez uma boa prova e terminou em nono lugar.
Com o patrocÁnio de Franco Ambrosio, assinou com a Shadow para a temporada de 1977. Na Argentina abandonou logo na segunda volta, com problemas na caixa de marchas.
Mas no GP do Brasil, ainda com o antigo DN5B, Zorzi conquistou o sexto lugar, que lhe deu um ponto no Campeonato Mundial de Piloto de F-1. O piloto contou com um pneu furado no Copersucar do Brasileiro Ingo Hoffman nas voltas finais, para terminar na zona de pontos. Dos 22 pilotos que largaram; apenas sete terminaram a prova.
No GP seguinte, o da África do Sul, Zorzi estreou no DN8, já utilizado pelo parceiro de equipe, o galês Tom Pryce.
Zorzi alinhou na 20ª posição. Com um vazamento de óleo no motor, o piloto parou o carro no acostamento, em frente aos boxes, na 20ª volta. O carro começou a pegar fogo e o piloto saiu do cockipt, para acionar o extintor do carro.Neste momento dois fiscais de pista, carregando extintores, correram para tentar apagar o incêndio no Shadow.
Neste momento, os carros do alemão Hans Stuck (Brabham) e de Pryce entraram na reta. Stuck conseguiu desviar do primeiro fiscal, mas Pryce acabou acertando o segundo fiscal, Fredrik Jansen van Vuuren, que faleceu na hora.
O extintor de incêndio acertou a cabeça de Pryce, que também faleceu na hora. Em um dos mais trágicos acidentes da história da categoria.
Zorzi disputou mais dois GPs pela Shadow, EUA-Oeste e Espanha (abandonou ambos) e foi substituÁdo pelo italiano Riccardo Patrese.
Ele ainda disputou o Aurora AFX Series (categoria que usava carros antigos de F-1, disputada na Inglaterra), e provas de Endurance na década de 1980.
Após se aposentar das pistas, passou a dirigir uma escola de pilotagem da Pirelli (empresa em que esteve sempre ligado), no circuito de Binetto, próximo a Bari.