Depois de boa largada na Austrália, piloto diz que problemas são normais nesta fase.
Foi mais conformado do que frustrado que Bruno Senna avaliou o segundo abandono seguido do carro da HRT F1 Team, desta vez logo na terceira volta do GP da Austrália, disputado neste domingo no circuito de Albert Park, em Melbourne, e vencido pelo inglês Jenson Button, da McLaren. “É normal nesta fase, nem dá para ficar estressado. Começo é assim mesmo”, afirmou Bruno, que parou por causa de uma pane hidráulica.
Bruno entrou na pista onde ganhou pela primeira vez na carreira – foram três provas da Fórmula 3 australiana na preliminar da Fórmula 1 em 2006 – com a expectativa de completar a corrida ou, pelo menos, acumular o máximo de quilometragem com o F110. E o inÁcio parecia animador: beneficiado pela saÁda dos carros da Virgin dos boxes, Bruno partiu da 21ª posição e se deu bem. “Passei uma galera e ainda dei sorte porque os caras começaram a se matar na minha frente”, disse. Já com o “safety car” em ação, devido ao forte acidente envolvendo Kamui Kobayashi e Nico Hulkenberg, fechou a volta de abertura em 14º.
A corrida de Bruno, no entanto, terminaria pouco depois. “Assim que o safety car voltou para os boxes, aconteceu o mesmo de sábado. As marchas pararam de entrar e não deu para continuar”, justificou o brasileiro, que encostou o carro numa área de escape. “Vamos olhar a telemetria, verificar o que realmente aconteceu e ver o que dá para fazer para o GP da Malásia”, continuou Bruno, que segue para a Ásia já nesta segunda-feira.
Apesar da desistência prematura de Bruno, a HRT F1 Team não saiu da Austrália sem nada para comemorar. O indiano Karun Chandhok conseguiu receber a bandeirada quadriculada e levar o carro da equipe a terminar seu primeiro grande prêmio. Foi um êxito particular do único time – entre os novatos e o já existentes – ausente dos testes de pré-temporada. “Esse foi o lado bom. Temos agora muito mais informações para trabalhar”, disse Bruno, que assistiu ao restante da corrida pela TV, no pit wall da HRT F1 Team, e elegeu o inglês Lewis Hamilton como destaque de uma prova que superou em muito o GP do Bahrein em matéria de emoções. “Foi uma muito difÁcil, pelas condições do asfalto, e o Hamilton fez uma tremenda corrida.”