Um dos quatro pilotos que ainda não pontuou nesta temporada, Nelsinho admite que corre risco de ser demitido pela Renault. Ameaçado, ele deixa a situação administrativa a cargo do pai, o tricampeão Nelson Piquet, e pretende se esforçar para melhorar o rendimento dentro da pista.
“Não, não está 100% acertado para o resto do ano. É por isso que vou fazer o meu trabalho e deixar meu pai cuidar do resto”, declarou. Após o Grande Prêmio da Alemanha, o piloto brasileiro de 23 anos teve sua participação na Hungria colocada em dúvida.
“Teve um pouco de confusão na última corrida. Eu sabia que tinha uma chance grande de estar aqui. Tinha só um conflito e contratos, um conflito de egos entre algumas pessoas. Mas tudo terminou dando certo”, explicou o piloto, que disputa sua segunda temporada na categoria.
Após a prova na Alemanha, o francês Sebastien Bourdais foi demitido pela Toro Rosso. “O problema é que atualmente um contrato na F1 não significa muito e vimos vários casos de pilotos e equipes quebrando contratos. O único que posso fazer é pilotar, dar o meu melhor e deixar meu pai fazer o trabalho dele”, disse.
Na Hungria, Nelsinho e o companheiro Fernando Alonso terão seus carros ajustados com as mesmas configurações, o que deixa o brasileiro animado. Pressionado, o piloto procura lidar com a situação de forma natural e chega a lembrar a cobrança enfrentada pelo britânico Lewis Hamilton, da McLaren, na briga pelo tÁtulo de 2007.
“Eu enfrento esse tipo de situação desde o ano passado. Não é algo novo para mim. Eu diria que a situação do Lewis no final de sua primeira temporada , lutando pelo tÁtulo, deve ter sido muito mais dura que a minha. Isso é só parte do stress do esporte. Você precisa saber como lidar com esse tipo de coisa”, encerrou.
Fonte: Gazeta Esportiva.Net