O presidente da A1GP, o sul-africano Tony Teixeira, disse nesta terça-feira que esteve até recentemente negociando com a fábrica japonesa Honda para a aquisição de sua equipe de Fórmula 1.
“Eu era um dos caras que conversaram com a Honda nas duas últimas semanas”, afirmou Teixeira ao website Autosport.
A Honda anunciou em dezembro que iria se retirar da Fórmula 1 por causa da crise financeira mundial, o que deixou a equipe em busca de um financiador perto do inÁcio da temporada, agendado para o dia 29 de março, na Austrália.
O presidente do Grupo Virgin, Richard Branson, demonstrou interesse, mas a compra por parte de dirigentes da própria Honda parece agora o caminho mais provável, em vez do fechamento da equipe.
Isto porque a Honda informou na segunda-feira que recebeu várias ofertas, mas nenhuma de compradores em potencial.
Teixeira esteve anteriormente interessado na Fórmula 1 para promover sua “Copa do Mundo de Motorsport”, que ocorre predominantemente durante o inverno europeu. Ele disse no ano passado que havia desistido dos planos de compra de uma equipe depois que o esporte mudou as regras para banir o uso dos chamados carros customizados.
Nesta terça-feira, Teixeira afirmou que, diante da possibilidade de que os cortes de custo efetuados tornem a Fórmula 1 mais acessÁvel para novos ingressantes a partir de 2010, seu interesse foi reavivado, embora a escassez de crédito tenha inviabilizado quaisquer planos imediatos.
“Hoje estou numa situação completamente diferente”, disse o presidente da A1GP. “ConstruÁ meus próprios carros e projetei meus chassis. Tenho fábrica própria. Portanto, não sou um presidente customizado. Posso agora fabricar meus chassis e correr com um motor da Ferrari. Estou agora na mesma situação de qualquer outro”, afirmou.
“O único motivo por que queremos uma equipe de Fórmula 1 é para que os vencedores da A1GP possam ir para a Fórmula 1”, acrescentou o empreendedor. “Mas por causa da época atual, não posso me comprometer com o orçamento deste ano.”
Teixeira disse ter comprado terras perto do circuito do Algarve, em Portugal, que poderiam ser usadas como uma base para as suas séries bem como por qualquer equipe sua de Fórmula 1 no futuro.
Fonte: Reuters