A McLaren sofreu nesta quarta-feira uma nova ameaça de exclusão da temporada da Fórmula 1, após a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) ter recebido uma nova prova relacionada ao caso de espionagem envolvendo a Ferrari.
A FIA afirmou em comunicado que o Conselho Mundial de Automobilismo da entidade foi convocado para um encontro interno em Paris no dia 13 de setembro para avaliar a nova evidência.
O encontro substituirá a audiência de apelação, solicitada após o Conselho ter decidido em julho não aplicar nenhuma sanção Á McLaren, alegando ter provas insuficientes de que a equipe teria se beneficiado de dados da Ferrari obtidos por um projetista da equipe.
O comunicado acrescenta que representantes da McLaren, que lidera o campeonato tanto entre pilotos como nos construtores, foram convidados a participar do encontro. A escuderia pode ser excluÁda da atual e da próxima temporada se for considerada culpada.
A McLaren disse em comunicado que “está ciente de que uma nova prova foi apresentada Á FIA como parte da corrente investigação. A McLaren continuará cooperando totalmente com a FIA”.
Questionado a respeito da nova informação, um porta-voz da FIA disse que a federação “não tinha como fazer nenhum comentário neste momento”.
A McLaren tem 11 pontos de vantagem para a Ferrari no Mundial de construtores, com cinco corridas restando para o final da temporada, incluindo do Grande Prêmio da Itália, em Monza, no domingo.
O estreante britânico da equipe, Lewis Hamilton, lidera o campeonato com cinco pontos de vantagem para o bicampeão mundial e seu companheiro de equipe, Fernando Alonso. Felipe Massa, da Ferrari, está 15 pontos atrás de Hamilton.
O caso de espionagem surgiu em julho, quando cerca de 780 páginas de informações da Ferrari foram encontradas na casa do projetista-chefe da McLaren, Mike Coughan.
A McLaren, que imediatamente suspendeu Coughlan, afirmou que nenhum dado havia sido usado em seus carros e que ninguém mais na McLaren sabia da existência dos documentos.
A Ferrari entrou com ações na Justiça contra Coughlan e seu ex-funcionário Nigel Stepney, suspeito de ser a fonte do vazamento.
Fonte: Alan Baldwin, Agência Reuters