Mesmo com uma ameaça cada vez maior de Michael Schumacher na disputa do tÁtulo da Fórmula 1, o campeão mundial Fernando Alonso recusa-se a se entregar.
O piloto da Renault está confiante de que pode desafiar a Ferrari no Grande Prêmio da Hungria, no domingo, depois de ter sido ofuscado por seu adversário na Alemanha, no fim de semana passado, pela terceira prova seguida.
“Não acho que veremos uma repetição do que aconteceu na Alemanha”, disse Alonso, agora apenas 11 pontos Á frente de Schumacher faltando seis corridas para o fim da temporada.
“Pessoalmente, estou calmo e sei que a equipe está trabalhando duro para entender o que aconteceu. Os pneus na Hungria são muito diferentes do que precisamos na Alemanha, e a Michelin reagiu aos problemas também”, acrescentou o espanhol de 25 anos, quinto em Hockenheim depois de ter sofrido com bolhas nos pneus.
“As pessoas estão falando sobre o fato de Michael se aproximar, mas eu nunca esbanjei confiança quando estava liderando — e não vou entrar em pânico agora. Estou confiante de que podemos ter uma corrida forte”.
Para ganhar um apoio psicológico, Alonso pode se lembrar de sua vitória em Hungaroring em 2003, quando ele se tornou o piloto mais jovem a vencer uma corrida de Fórmula. Apesar de as lembranças dessa vitória ainda estarem vivas, ele não vai querer reviver a corrida do ano passado no circuito de Budapeste, quando terminou em 11o depois de tomar uma volta do lÁder.
Esta é uma corrida que Alonso precisa vencer para interromper a boa fase de Schumacher e renovar o ânimo em um momento importante da temporada.
“Ouvir as pessoas nos descartando este ano só fortaleceu nossa determinação”, disse o estrategista-chefe da Renault, Pat Symonds. “Vamos fazer tudo que pudermos para virarmos o jogo no domingo”.
Mesmo que a corrida de 2005 na Hungria tenha sido a última vez que ele deixou de marcar pontos, Alonso prefere olhar o lado positivo.
“Isso mostra a rapidez com que as coisas podem mudar na Fórmula 1, porque uma semana antes eu tinha vencido na Alemanha”, disse ele.
“Acho que será um cenário diferente neste ano, e os motores V8 e os pneus mais macios vão fazer com que sejamos muito mais rápidos nas curvas. Espero uma boa corrida, e não há motivos para que a Renault não fique no topo”.
Fonte: Reuters