A Midland, primeira equipe russa na Fórmula 1, quer aproveitar o conhecimento de especialistas aeroespaciais e de aviação do paÁs em sua empreitada no automobilismo.
“É muito animador. Era o nosso plano desde o primeiro dia ter uma equipe russa na Fórmula 1 e nós executamos esse plano”, disse o bilionário nascido na Rússia Alex Shnaider após a apresentação do carro da equipe nesta sexta-feira.
“Agora precisamos apenas ir melhor do que ano passado”, acrescentou Á Reuters o dono da equipe, que comprou a Jordan em janeiro de 2005. A Jordan ficou Á frente apenas da Minardi na temporada passada.
“Agora estamos procurando muito ativamente especialistas em aerodinâmica e mecânicos na Rússia para contratá-los e trazê-los para nos ajudarem na equipe com novas idéias”, acrescentou ele, que se naturalizou canadense.
“Existem especialistas muito bons na Rússia, projetistas de aeronaves.”
O Midland Group de Shnaider tem grande participação na indústria dos paÁses da ex-União Soviética e planejava começar sua própria equipe do zero antes da possibilidade de adquirir a Jordan.
Ele afirmou que a fábrica da equipe deve permanecer no circuito de Silverstone. “Não temos planos para ter uma equipe de projetistas em outro lugar. Se contratarmos pessoas na Rússia, vamos conseguir vistos para elas e trazê-las para cá”, disse ele.
PILOTO RUSSO
A Midland tem Roman Rusinov como um de seus quatro pilotos de teste e conta com um projeto a longo prazo para colocar um piloto russo no grid de largada pela primeira vez.
“Provavelmente vai levar alguns anos”, disse Shnaider. “Também estamos observando outros jovens pilotos. Claro que ele precisa ser tão bom quando os outros pilotos, mas acho que existe talento suficiente na Rússia.”
O carro M16, que terá motores Toyota, não tem patrocinadores russos, mas Shnaider confia que eles virão. “Eles vão aparecer. A Fórmula 1 ainda é nova para as empresas russas, mas com tempo elas vão aprender, e agora existe uma equipe russa, o que vai aumentar o interesse.”
Um grande prêmio na Rússia também seria importante e o chefe da equipe, que nasceu em São Petesburgo e depois mudou-se ainda criança para Israel e posteriormente Canadá, disse que é provável para o futuro. “Acho que em cinco anos pode acontecer, em Moscou”, disse ele.
Fonte: Reuters