Rafael bateu logo após a curva e colidiu contra uma barreira de pneus que o jogou de volta Á pista. Renato Russo que vinha na seqüência não conseguiu parar e atingiu o carro do paranaense. Rafael morreu ainda na pista.
“Eu já tinha falado ano passado que aquela curva era trampolim para jogar de volta o carro na pista. Tivemos um acidente da Truck lá ano passado. Essa curva é uma armadilha. É o único lugar perigoso em Interlagos. Infelizmente depois que morreu um eles devem fazer algo”, disse.
Acabar com a proteção de pneus na curva seria a melhor maneira de evitar outras tragédias, segundo Muffato. E para ele, mesmo com o muro sem proteção, o piloto correria menos riscos.
“Teria que ser feito uma chicane no local ou deixar o muro mais perto, porque aÁ o carro vai deslizando. A proteção de pneus joga o carro de volta para pista e acontece o que aconteceu com o Rafael”, lamentou o piloto.
Muffato diz não conseguir entender como a Fórmula 1 ainda não pediu alterações no local, sendo que no ano passado, a vistoria antes do GP Brasil foi feita ao lado de Fernando Alonso, e ainda assim não houve mudanças.
“Me admira a Fórmula 1, que enche tanto o saco, ainda não ter feito nada. Acho que eles não viram isso, fizeram um vistoria com o Alonso ano passado e não viram isso. Não sei como não morreu outro piloto lá ainda. Foi sorte”, declarou.
O piloto passou boa parte da manhã em Toledo, acompanhando o velório de Rafael Sperafico e disse que saiu ainda mais abalado ao encontrar com os irmãos Rodrigo e Ricardo Sperafico, primos de Rafael.
“Eles estão em estado de choque. Eram os mais abalados da famÁlia, não conseguiam nem mesmo falar. Eles presenciaram o acidente, isso chocou demais. A famÁlia Sperafico é muito unida e isso deixa as pessoas ainda mais machucadas”, disse Muffato.
O corpo de Rafael Sperafico foi enterrado no Cemitério Municipal de Toledo, no oeste do Paraná, no final da tarde desta segunda-feira.
Fonte: Terra